EUA oferecem US$ 1 bi por ano para combater a
Aids na África
das
Agências Internacionais
em Washington (EUA)
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (19) um empréstimo
de US$ 1 bilhão por ano aos países da África subsaariana para a
compra de drogas anti-Aids produzidas nos EUA. Com a medida os norte-americanos
acreditam estar dando apoio a essas nações na luta contra a doença,
informou o Banco de Exportação e Importação dos Estados Unidos.
O plano segue o anúncio feito em maio pelas maiores indústrias de
medicamentos do país que vão fornecer drogas para combater o HIV
a preços mais baratos para os países que não têm condições de pagar
o valor dos remédios no mercado.
O preço das chamadas terapias de drogas combinadas, que podem prolongar
substancialmente a vida de pacientes com HIV, custam de US$ 10 mil
a US$ 15 mil anuais por paciente. Os laboratórios esperam baixar
este custo para um valor entre US$ 1.000 e US$2.000 por paciente.
"Estamos contentes em anunciar um programa piloto para financiar
US$ 1 bilhão por ano em exportações dos medicamentos anti-Aids mais
modernos e bem-sucedidos e suprimentos à África subsaariana - com
os preços mais baixos e nos termos mais amigáveis possíveis sob
a autoridade do banco", disse o ex-presidente do banco, James Harmon,
que não anunciou os juros e as condições de pagamento do empréstimo.
Os empréstimos de cinco anos serão dados a 24 países africanos,
incluindo Benin, Camarão, Gana, Quênia, Moçambique, Namíbia, Nigéria,
África do Sul, Tanzânia, Uganda e Zimbábue.
Mesmo a preços baixos, muitos africanos sofrendo da doença não terão
condições de pagar pelos medicamentos, mesmo empregados.
Edith Ssempala, embaixatriz de Uganda nos Estados Unidos, disse
que a maioria da classe trabalhadora de seu país não teria condições
de comprar as drogas devido aos baixos salários.
Mais de dois terços das pessoas com Aids vivem na região subsaariana
e economistas afirmam que a epidemia crescente é a maior ameaça
à economia do continente.
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