"Automobilismo modela o corpo, sem dúvida. Eu acho
bonito, não masculiniza, de jeito nenhum"
da Folha
Online
Rogério
Cassimiro/Folha Imagem
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Valéria
Zoppello, corredora da Copa Corsa (no destaque, flor que faz
parte da decoração do capacete da corredora) |
Ela fez caratê
até se tornar faixa preta, mas a arte marcial não é sua maior paixão.
Foi numa corrida de kart entre amigos, há seis anos, que a modelo
Valéria Zoppello, 26, descobriu que seu negócio mesmo é o automobilismo.
De lá para cá, ela não parou mais.
Desde 98, Valéria participa da Copa Corsa Metrocar. Já foi vice do
Campeonato Brasileiro de Uno Feminino, campeã da Copa 24 Horas Schincariol
de Kart e por aí vai. A sua última façanha foi encarar o oitavo Rali
Internacional dos Sertões, o quarto maior do mundo, que saiu de São
Paulo e em 11 dias chegou ao Ceará. "Eu encaro o automobilismo como
profissão", diz Valéria.
Ela alerta que, para começar nesse esporte, além de coragem é preciso
ter preparo físico. Afinal, é praticamente impossível passar por momentos
de alta tensão sem um bom condicionamento.
O calor, o nervosismo e o estresse de treinos e competições são compensados
porque ela ama o que faz. Ela também curte as mudanças de seu corpo.
Mãos, braços e pernas estão mais fortes, e os ombros, mais largos.
"Automobilismo modela o corpo, sem dúvida. Eu acho bonito, não masculiniza,
de jeito nenhum", afirma.
Pilotar também significa correr riscos? Valéria prefere apreciar o
que faz e não pensar em possíveis acidentes. "Se eu ficar pensando
nisso, não continuo correndo", diz. Correr, para ela, é um estímulo
para sempre superar os próprios limites. E ela vai, sem medo, a 280
Km/h.
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