Cientistas norte-americanos podem obter um tipo de café que ajuda a prevenir o câncer, modificando as técnicas atuais de tostar que destroem seus nutrientes benéficos quando submetidos a 200° C.

O Centro de Investigações do Câncer AMC, de Denver, no Colorado (EUA), está desenvolvendo nova tecnologia que permitirá que os grãos, ao serem tostados, conservem os polifenóis em seu estado natural. Polifenóis são substâncias antioxidantes que são utilizadas contra processos que desencadeiam o câncer.

Essas substâncias, que também já demonstraram ter efeitos benéficos no tratamento de doenças do coração em testes realizados em animais, estão presentes também no azeite de oliva, no cacau, na uva, no chá e em vários vegetais.

"Mudamos o processo de tostar o café, tornando-o mais eficaz e mantendo seus componentes saudáveis intactos", explica Thomas Sagas, um dos pesquisadores do centro.

O consumo de bebidas obtidas a partir de substâncias benéficas para a saúde, como o chá verde, o leite de soja e os sucos de frutas, está crescendo no mercado dos EUA. No ano passado, essas bebidas "saudáveis" foram responsáveis por 18% das vendas totais de bebidas.

Sagas acredita que em 18 meses poderá concluir a pesquisa. O centro pretende negociar a patente a uma indústria de café e investir o dinheiro nas pesquisas sobre os polifenóis.

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