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Nos estágios iniciais, doença
pode ser "curada"

da Folha Online

As LER/Dort podem variar de leves às crônicas graves. No início da doença, por exemplo, o peso pode causar sensações de "aparente" cansaço. Desconforto nos ombros ou nos membros também é comum, inclusive com pontadas. Na medicina chinesa, esse último tipo de dor está relacionado a outro componente que sofre de algum distúrbio no organismo, o "xue" ou sangue. Isso, aliado à obstrução da energia "qi", determinam as dores nos membros do paciente. Nesse caso, mais leve, um repouso já é o bastante para que as dores desapareçam.

No grau considerado médio da LER/Dort, a dor é contínua, mas suportável. Nesse quadro, já há uma indicação de que a pessoa desenvolve a doença em fase funcional, ou seja, ela ainda é reversível, já que as lesões não estão estruturadas nos nervos e tendões. Nesse caso, o tratamento com acupuntura é eficaz e vai abordar os pontos relacionados ao fígado. O restabelecimento do equilíbrio energético no órgão refletirá no desaparecimento da dor no local. Geralmente, cinco sessões são suficientes. A técnica do shiatsu e os exercícios corporais (Liang Gong) também são bastante utilizados nesse caso. Até esse estágio, a LER/Dort é reversível e pode ser curável.

Perda de força muscular e da coordenação motora e dores mais persistentes, inclusive fora do ambiente de trabalho, são sintomas mais graves que pedem apoio de outras formas de terapias. Aparecem inchaços nas articulações, edemas, rigidez, várias inflamações e dores à noite durante o sono.

O tratamento consiste em colocar agulhas na região cervical e no local onde o paciente sente dores, além da harmonização energética. Equipamentos como a eletroacupuntura também auxiliam nessa fase e aumentam a qualidade e quantidade de estímulos, provocando a analgesia (efeito anestésico no local e diminuição da dor). Nesses casos, considerados cronicamente leves, alguns tipos de ginásticas ou práticas como o do in são desaconselháveis, já que agravam o problema. Nesses casos, o paciente vai precisar de aproximadamente 20 sessões.

No grau cronicamente grave, a dor já é insuportável e os movimentos são feitos com muita dor. Os edemas são contínuos e podem aparecer atrofias e paralisia parcial. Esse quadro pode significar para o indivíduo a invalidez e aposentadoria precoce.

Além dos processos usados nos estágios anteriores, o acupunturista fará aplicações à distância, ou seja, se o problema for na mão, agulhas também serão colocadas na perna. Associado a isso, a auriculoterapia também pode ser empregada, assim como medicamentos fitoterápicos. A recuperação é longa, mas a combinação das várias técnicas alivia a dor, e a coordenação motora é praticamente restabelecida. Mais de 20 sessões serão necessárias para melhorar os sintomas. Nesse estágio, a cura já não é mais possível. (JB)


Fonte: Edson Sugano, médico acupunturista do setor de Medicina Chinesa e Acupuntura do Departamento de Ortopedia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e do Instituto Médico Paulista de Acupuntura (0/xx/5574-7220); Luiz Bernardo Leonelli, professor do Centro de Pós-Graduação em Acupuntura Tradicional Chinesa da Faculdade de Ciências da Saúde da USP (Universidade de São Paulo)


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