Coca-Cola nega uso de cocaína em seus refrigerantes
da EFE
A empresa multinacional Coca-Cola assegurou hoje (15/9), no Rio de
Janeiro, que não utiliza cocaína na preparação de seus refrigerantes.
A indústria se manifestou após um de seus ex-executivos alegar, perante
júri, que o entorpecente faz parte da fórmula da bebida.
"O refrigerante Coca-Cola não contém cocaína nem nenhuma substância
nociva à saúde", afirmou a nota distribuída à imprensa pela multinacional.
O mercado brasileiro é o terceiro maior consumidor do refrigerante
produzido pela empresa em todo o mundo.
A denúncia foi levantada pelo "Jornal do Brasil", que revelou a história
do ex-gerente de importações da Coca-Cola Placidio José Mendes. Demitido
em 1983, Mendes entrou com uma ação contra a multinacional na justiça
trabalhista e, durante o processo, fez a denúncia sobre a cocaína.
Segundo o texto do periódico, o ex-funcionário entrou na justiça para
reclamar um quantia recebida por todos os altos funcionários da Coca-Cola,
como bonificação, para não revelarem o "segredo" da fórmula do refrigerante.
Mendes teria alegado, ainda segundo o jornal, que não recebeu a quantia
ao ser despedido por vingança pessoal de um outro gerente da empresa.
O informe oficial da multinacional alega que todos os produtos utilizados
na fabricação do refrigerante foram aprovados pelos órgãos de fiscalização
de saúde, alimentos e bebidas brasileiros. Por outro lado, Mendes
afirma que a cocaína era importada como "extrato vegetal" ou "extrato
vegetal prensado" e anexou um laudo de importação ao processo no qual
as autoridades aduaneiras alegavam "não ter sido possível a identificação
cabal do produto" importado.
A fórmula da Coca-Cola é um dos mais bem guardados segredos da indústria
alimentícia e nunca foi revelado ao público, nos 115 anos de existência
da marca.
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