Vírus viajam facilmente pelo
mundo, dizem especialistas
Reuters
Pesquisadores americanos afirmaram num encontro da Sociedade Americana de Microbiologia, nesta terça-feira, que algumas facilidades da vida moderna são as principais responsáveis por ataques de doenças vindas de outras regiões e de superbactérias.
O vírus do Oeste do Nilo, que causou a morte de sete pessoas em 1999, é um exemplo de como viagens internacionais fazem de todas as doenças infecciosas uma ameaça global.
Outros perigos, para os especilistas, são comidas exóticas ou processadas e das super-bactérias que, sob efeito de novos antibióticos, desenvolveram-se para resistir a eles.
O vírus do Oeste do Nilo, nunca registrado no ocidente antes de 1999, tem sido encontrado em pássaros e mosquitos de seis Estados norte-americanos: Nova York, Nova Jersey, Connecticut, Massachusetts, Rhode Island e New Hampshire.
Ao passo que ele foi encontrado em apenas uma espécie de mosquito ano passado, agora são seis os tipos desse inseto que o carregam.
As informações são da dra. Marci Layton, do departamento municipal de saúde de Nova York.
"O fato ressalta a facilidade com que epidemias podem viajar entre os continentes", disse Marci. "A questão é quão longe ele irá no próximo ano."
Entre as teorias de como o vírus do Oeste do Nilo foi levado aos Estados Unidos, estão as de que um viajante infectado foi picado por um mosquito em Nova York, um pássaro importado o trouxe ou de que um mosquito contaminado foi sido trazido dentro de um avião.
A doutora Cindy Friedman, do Centro Americano de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) em Atlanta, disse que o crescimento da procura por comidas exóticas e de conveniência importadas, pode ser, também, responsável pela vinda de doenças infecciosas de outros locais do mundo.
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