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Piercer deve dominar técnica


da Folha Online

Instrumentos e antissépticos usados no body piercing
As consequências de um furo malfeito não são poucas. É por isso que o trabalho tem que ser executado da forma mais profissional possível. Cicatrizes (quelóides), furos tortos, machucados e infecções que podem dar trabalho são resultados comuns entre aqueles que, por ansiedade, desinformação ou por ainda não terem 18 anos, optam por leigos para colocar uma jóia.

Para poder exercer a atividade, o piercer tem que estudar a técnica de perfuração, anatomia humana, procedimentos de higiene e os materiais adequados. É importante, portanto, verificar se as agulhas e luvas são descartáveis (abertos na sua frente) e os demais equipamentos são devidamente esterilizados em estufas cirúrgicas.

Estufa de uso clínico para esterilização de equipamentos não descartáveis
Entre as etapas, está a medição do diâmetro da jóia com um paquímetro. O objetivo é avaliar quanto de pele deverá ser perfurada para que o brinco fique bem afixado e dê espaço para a pele "respirar". O procedimento permite também que se possa fazer a limpeza corretamente durante a cicatrização.

Existem duas "escolas" de piercing, a britânica e a americana. O método mais utilizado no Brasil é o inglês, que usa agulhas intravenosas hospitalares. Depois de furar, é inserido um catéter e, em seguida, o brinco.

Já o americano usa uma agulha fabricada especialmente para o body piercing e, segundo os profissionais, é mais rápido e mais adequado para alguns locais, pois causa menos sangramento.

Na farmácia, só orelhas

Rogério Cassimiro/Folha Imagem
O ideal, principalmente na hora de furar, é aplicar jóia de aço cirúrgico
Fora no caso dos lóbulos, os piercers não recomendam a colocação de brincos com revólver, por três motivos: além ser traumatizante para o tecido, os brincos utilizados para esse tipo de instrumento não têm o tamanho nem o material adequado.

São muito curtos e, com o inchaço normal depois do furo, o adorno acaba apertando a região, o que pode ocasionar inflamações e prejudicar a cicatrização. Dependendo da região, a pele pode expulsar o brinco (migração).

O ideal é que o furo seja feito com agulha de espessura adequada para o local e que a primeira jóia seja de aço cirúrgico, sem liga de ferro ou níquel. Depois de cicatrizado o furo, pode ser colocado um brinco de outro material, como titânio, naióbi (que pode ser encontrado em várias cores) e até osso de búfalo.

(RC)

Fontes: André Meyer (Body Piercing Clinic); Ricardo "Caveira" (Studio Tat-2 - tel.: 223-4174); Jairo Camargo (Led's Tattoo Studio); Luiz Carlos Garcia, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e professor titular da cadeira de cirurgia plástica da Universidade de Caxias do Sul; Marcos Desidero Ricci, médico ginecologista do Hospital das Clínicas (São Paulo);


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