Uso da erva de São João ainda
não tem bases científicas
REINALDO CARUSO
da
Folha Online
De tempos em tempos, novos medicamentos entram na moda e são alvo de pesquisas justamente por serem administrados e indicados em larga escala.
Bom exemplo é a erva de São João (hypertcum perforames), usada para casos de depressão leve. A erva já tem sido indicada com frequência no Brasil pela homeopatia _cujo princípio é avaliar o paciente e lhe receitar uma dosagem ínfima de um princípio ativo.
De acordo com os médicos consultados pela Folha Online, os resultados têm sido bons.
Mas não é possível ainda mensurar os prós e contras do remédio na fitoterapia (que usa ervas com bases de dosagem na medicina tradicional), já que as os recentes estudos são em grande parte contraditórios e inconclusivos.
Daí a preocupação de alguns médicos com pessoas que se auto-mediquem acreditando que, por se tratar de uma erva, ela não apresentaria maiores danos à saúde.
Na Europa, ela está em voga, mas os cientistas americanos contestam muitos dos dados levantados. O FDA (Food and Drugs Admnistration), órgão americano responsável pela aprovação e regulamentação do uso de medicamentos, ainda não a aprovou como segura.
Dados os resultados _e consquente euforia_ obtidos na Europa, o National Institutes of Health (NIH), nos EUA, implementou pela primeira vez uma pesquisa de larga escala, em nível federal, sobre um suplemento herbal.
Fontes: Lech Szymanski, membro da Associação Paulista de Homeopatia e do departamento de homeopatia da Associação Paulista de Medicina; Fernando Requena, homeopata e médico ortomolecular; Geni Coronel Lustosa, psiquiatra homeopata; textos de referência
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