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16/06/2001 - 14h12

Gay Day suscita adjetivos velados do público hetero no Hopi Hari

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MÁRIO TONOCCHI
da Folha Online, em Vinhedo (SP)

O encontro do Day Gay programado para hoje no Parque Temático Hopi Hari, do Grupo Play Center, em Vinhedo (56 km de São Paulo) dominou o espaço e suscitou adjetivos velados dos visitantes heterossexuais.

"Que coisa esquisita aqui, hoje", disse para sua filha a dona-de-casa Maria Fernanda Soares, 45, de Jundiaí, depois de passar pela drag queen Mikaella, de São Paulo, que faz shows em casas noturnas da capital como a Space.

Indagada sobre o movimento no parque, a dona-de-casa voltou atrás e disse que não vê nenhum problema de grupos homossexuais freqüentarem o Hopi Hari hoje. "Todo mundo é filho de Deus e tem o direito de se divertir", afirmou.

"Acho que as pessoas estão estranhando um pouco a nossa presença aqui porque não foi muito bem divulgado", disse a drag que desfilou pelas calçadas do Hopi Hari algumas vezes aplaudida, outras vaiada.

Esta é a intenção do grupo Parada do Orgulho GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros), de São Paulo, ao programar o passeio no parque. Pelo menos 8.000 homossexuais compraram as entradas a R$ 32.

De acordo com a assessoria do parque, até as 15h de hoje 12 mil pessoas entraram no parque. Destes, 8.000 são GLS.

"A gente está falando de diversidade, de possibilidades iguais para todos", explicou o presidente da Associação Parada, Roberto de Jesus, 38.

Em tom de discurso político, Jesus disse que a parada deste ano espera reunir 200 mil pessoas pelas ruas do centro de São Paulo neste domingo, dia 17. "Não existe democracia sem diversidade e vivemos num país em que a escola educa para o preconceito. Isso precisa acabar", observou.

Beleza

Para o casal de namorados Geraldo e Luís Henrique, de São Paulo, o Gay Day está sendo um sucesso. "Está tudo uma beleza. Estamos nos divertindo muito. É a primeira vez que estamos aqui", disse Geraldo.

A Parada Gay acontece em São Paulo desde 1997, quando compareceram duas mil pessoas desfilando pelas ruas centrais da cidade.

Em 98, segundo Jesus, o número de participantes subiu para 8.000, chegando a 35 mil em 1999 e a "fantásticos" 120 mil participantes, de acordo com a Polícia Militar, em 2000. "Nos impressionou a quantidade de famílias e crianças aplaudindo por onde passávamos", disse Jesus.

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