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16/03/2006
-
11h38
TATIANA DINIZ
da Folha de S.Paulo
Dentro do conceito de beleza sustentável, ser belo deixa de ser perseguir o padrão para se tornar sentir-se belo, aceitar-se, conhecer as características do próprio corpo, ter identidade e personalidade e buscar, continuamente, saúde e bem-estar. Ou seja, sentir-se bem.
"É uma postura de comprometimento consigo mesmo. A sensação de beleza é algo que oscila, e, quanto melhor a pessoa está consigo, mais bonita se sente. Quem não se aceita sofre com a involução da beleza estética e se deprime com o envelhecimento", afirma a psicóloga Roselene Souza Lima, mestre em gerontologia e autora da tese "A Construção do Envelhecimento", defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 2004.
Uma pesquisa feita pela empresa Strategy One para a marca de cosméticos Dove ouviu mais de 3.000 mulheres com idade entre 18 e 64 anos, em dez países. Mais de 60% delas classificam sua beleza como "média" ou "natural". Nenhuma declarou se achar sexy.
"Acho meu cabelo feio, mas gosto dele mesmo assim, vejo que ele me dá personalidade. Quando estou feliz, olho no espelho e me acho bonito. Mas, nos dias em que estou deprimido, fico me achando horrível. Nessas horas de tristeza, não tem produção nem plástica que dê jeito na feiúra." O sentimento experimentado pelo diretor de arte Fábio Spark, 30, é comum à maioria das pessoas e evidencia o reflexo do aspecto emocional sobre a auto-imagem.
"A depressão é feia", resume a psicanalista Esther Woiler. "A auto-imagem é uma construção de base emocional. O modo como você está se percebendo emocionalmente pode distorcer a sua imagem corporal. Há casos sérios de distúrbios de percepção da imagem. É o que acontece com a magra que sempre acha que é gorda e faz dieta até adoecer. Muitas vezes, por trás dessa insatisfação com a aparência, o que existem são distúrbios de identidade. As pessoas que vivem fazendo plástica têm, geralmente, problemas desse tipo", observa a especialista.
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da Folha de S.Paulo
Dentro do conceito de beleza sustentável, ser belo deixa de ser perseguir o padrão para se tornar sentir-se belo, aceitar-se, conhecer as características do próprio corpo, ter identidade e personalidade e buscar, continuamente, saúde e bem-estar. Ou seja, sentir-se bem.
"É uma postura de comprometimento consigo mesmo. A sensação de beleza é algo que oscila, e, quanto melhor a pessoa está consigo, mais bonita se sente. Quem não se aceita sofre com a involução da beleza estética e se deprime com o envelhecimento", afirma a psicóloga Roselene Souza Lima, mestre em gerontologia e autora da tese "A Construção do Envelhecimento", defendida na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 2004.
Uma pesquisa feita pela empresa Strategy One para a marca de cosméticos Dove ouviu mais de 3.000 mulheres com idade entre 18 e 64 anos, em dez países. Mais de 60% delas classificam sua beleza como "média" ou "natural". Nenhuma declarou se achar sexy.
"Acho meu cabelo feio, mas gosto dele mesmo assim, vejo que ele me dá personalidade. Quando estou feliz, olho no espelho e me acho bonito. Mas, nos dias em que estou deprimido, fico me achando horrível. Nessas horas de tristeza, não tem produção nem plástica que dê jeito na feiúra." O sentimento experimentado pelo diretor de arte Fábio Spark, 30, é comum à maioria das pessoas e evidencia o reflexo do aspecto emocional sobre a auto-imagem.
"A depressão é feia", resume a psicanalista Esther Woiler. "A auto-imagem é uma construção de base emocional. O modo como você está se percebendo emocionalmente pode distorcer a sua imagem corporal. Há casos sérios de distúrbios de percepção da imagem. É o que acontece com a magra que sempre acha que é gorda e faz dieta até adoecer. Muitas vezes, por trás dessa insatisfação com a aparência, o que existem são distúrbios de identidade. As pessoas que vivem fazendo plástica têm, geralmente, problemas desse tipo", observa a especialista.
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