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25/07/2001
-
21h50
JANAINA FIDALGO
da Folha Online
Se alimentar bem nem sempre quer dizer comer de maneira correta e saudável. Ao mesmo tempo que a fome mata na África, constata-se que o número de casos de câncer de intestino (cólon) entre os moradores do continente é baixíssimo. Por outro lado, a doença atinge cada vez mais pessoas nos países desenvolvidos.
E não é para menos. A incidência de câncer de intestino está ligada, na maioria das vezes, ao tipo de alimento ingerido. Mais de 80% dos casos ocorrem devido a uma alimentação pobre em fibras, que são encontradas em verduras, por exemplos.
"Um estudo epidemiológico mostrou a influência da dieta comparando regiões do mundo onde a prevalência do câncer é baixa com lugares onde é alta. Nas áreas rurais da África, a incidência [de câncer de cólon] é quase zero. Já nos Estados Unidos é frequente", diz o professor titular de gastroenterologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Antonio Frederico Magalhães.
Para Magalhães, a diferença entre o número de casos não tem a ver com a raça, mas com o tipo de alimentação. "Se fosse assim, os negros dos Estados Unidos não teriam câncer de intestino", diz.
Outra parcela dos casos de câncer no intestino, cerca de 10%, é hereditária. A existência de casos da doença na família, que geralmente atinge pessoas mais jovens (antes dos 40 anos de idade), pode ser um sinal de alerta, mas não de desespero.
"Quando um caso de câncer colo-retal hereditário é diagnosticado em algum membro da família, deve-se rastrear os descendentes para saber se eles receberam ou não o defeito genético porque o fato de um familiar ter a doença, não quer dizer que ela é necessariamente hereditária", diz Ademar Lopes, especialista em cirurgia oncológica e vice-presidente do Hospital do Câncer.
Diferenças
No Brasil, o câncer de intestino ocupa o quarto lugar entre os casos da doença. Nas mulheres, a mama, o colo do útero e o estômago são as partes do corpo onde há maior incidência da doença. No homem, a próstata, o pulmão e o estômago são os órgãos mais afetados.
Já nos Estados Unidos, o câncer do intestino é o terceiro tipo de câncer mais comum. Na mulher, é superado apenas pelo de mama e de pulmão. No homem, pelo de próstata e de pulmão.
A preocupação com o crescimento da doença no país norte-americano ficou ainda mais evidente quando a Associação Americana de Gastroenterologia conseguiu que o Senado aprovasse uma medida para obrigar os planos de saúde a arcarem com os custos de exames para prevenção do câncer de cólon.
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da Folha Online
Se alimentar bem nem sempre quer dizer comer de maneira correta e saudável. Ao mesmo tempo que a fome mata na África, constata-se que o número de casos de câncer de intestino (cólon) entre os moradores do continente é baixíssimo. Por outro lado, a doença atinge cada vez mais pessoas nos países desenvolvidos.
E não é para menos. A incidência de câncer de intestino está ligada, na maioria das vezes, ao tipo de alimento ingerido. Mais de 80% dos casos ocorrem devido a uma alimentação pobre em fibras, que são encontradas em verduras, por exemplos.
"Um estudo epidemiológico mostrou a influência da dieta comparando regiões do mundo onde a prevalência do câncer é baixa com lugares onde é alta. Nas áreas rurais da África, a incidência [de câncer de cólon] é quase zero. Já nos Estados Unidos é frequente", diz o professor titular de gastroenterologia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Antonio Frederico Magalhães.
Para Magalhães, a diferença entre o número de casos não tem a ver com a raça, mas com o tipo de alimentação. "Se fosse assim, os negros dos Estados Unidos não teriam câncer de intestino", diz.
Outra parcela dos casos de câncer no intestino, cerca de 10%, é hereditária. A existência de casos da doença na família, que geralmente atinge pessoas mais jovens (antes dos 40 anos de idade), pode ser um sinal de alerta, mas não de desespero.
"Quando um caso de câncer colo-retal hereditário é diagnosticado em algum membro da família, deve-se rastrear os descendentes para saber se eles receberam ou não o defeito genético porque o fato de um familiar ter a doença, não quer dizer que ela é necessariamente hereditária", diz Ademar Lopes, especialista em cirurgia oncológica e vice-presidente do Hospital do Câncer.
Diferenças
No Brasil, o câncer de intestino ocupa o quarto lugar entre os casos da doença. Nas mulheres, a mama, o colo do útero e o estômago são as partes do corpo onde há maior incidência da doença. No homem, a próstata, o pulmão e o estômago são os órgãos mais afetados.
Já nos Estados Unidos, o câncer do intestino é o terceiro tipo de câncer mais comum. Na mulher, é superado apenas pelo de mama e de pulmão. No homem, pelo de próstata e de pulmão.
A preocupação com o crescimento da doença no país norte-americano ficou ainda mais evidente quando a Associação Americana de Gastroenterologia conseguiu que o Senado aprovasse uma medida para obrigar os planos de saúde a arcarem com os custos de exames para prevenção do câncer de cólon.
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