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Copa dos Campeões

HISTÓRIA

Torneio tem sua edição mais inchada
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Campeão do Rio-SP, o Corinthians é um dos participantes deste ano

A Copa dos Campeões foi criada em 1999 com o objetivo de definir o quarto representante do Brasil na Taça Libertadores _os outros três eram o campeão da Copa do Brasil, o vencedor do Campeonato Brasileiro e seu respectivo vice. Neste ano, o torneio chega à terceira edição mais inchado, com um regulamento diferente.

Em 2000 e 2001, participaram da Copa dos Campeões os vencedores das seguintes competições: Campeonato Paulista, Estadual do Rio, Torneio Rio-São Paulo e Copa do Nordeste. Além destes, estiveram presentes os finalistas da Sul-Minas e os do triangular realizado entre os vencedores da Centro-Oeste, da Norte, e o vice da Nordeste.

Agora, serão 16 times buscando a vaga na Libertadores. Com o fortalecimento dos regionais neste ano, os campeões dos estaduais não foram selecionados. Disputarão o torneio os seis primeiros colocados do Rio-São Paulo, os semifinalistas da Sul-Minas, os três melhores do Nordese, além dos vencedores da Norte e da Centro-Oeste, e da Copa dos Campeões de 2001.

Palmeiras surpreende e vence em 2000
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Colombiano Asprilla comemora seu gol na decisão com o Sport

Um time sem estrelas, completamente reformulado e desacreditado. Assim estava o Palmeiras antes do início da Copa dos Campeões de 2000. Após fracassar no Paulista e na Copa do Brasil, e perder a final da Libertadores, o Palmeiras dispensou o técnico Luiz Felipe Scolari.

Com isso, quem assumiu o cargo foi Flávio Teixeira, o Murtosa, auxiliar de Scolari. O estilo “bom e barato” foi implantado e, surpreendentemente, acabou dando resultado. O time-base tinha Sérgio; Neném, Paulo Turra, Agnaldo e Jorginho; Galeano, Fernando, Lopes (Taddei) e Tite (Pena); Basílio e Asprilla.

Na primeira fase, o Palmeiras encontrou com o Cruzeiro. O fato de os mineiros terem jogado com um time reserva por já terem a vaga assegurada à Libertadores _foram campeões da Copa do Brasil_ facilitou para os paulistas, que avançaram ao vencerem o primeiro jogo por 3 a 1, e com o empate em um gol no segundo.

Na segunda etapa, equivalente à semifinal, a tarefa foi mais difícil. O Flamengo ganhou a primeira partida por 2 a 1, mas os palmeirenses conseguiram levar a decisão para os pênaltis com a vitória de 1 a 0 no outro duelo. O goleiro Sérgio defendeu uma penalidade máxima cobrada por Reinaldo (hoje no São Paulo) e colocou o time na final.

A decisão foi contra o Sport. O jogo em Maceió atraiu um número bem maior de torcedores pernambucanos, mas a jovem equipe de Murtosa não se intimidou com a pressão e ganhou por 2 a 1, com gols de Asprilla e Alberto. Nildo descontou.

Flamengo, enfim, volta à Libertadores
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Destaque do torneio, Petkovic é carregado durante comemoração

Em 2001, o Flamengo queria fazer da Copa dos Campeões um atalho para a Libertadores. E conseguiu. Com grandes atuações de Beto, Edílson e Petkovic, a equipe carioca sagrou-se campeã e garantiu presença no torneio sul-americano do qual não participava desde 1983.

A caminha do time da Gávea rumo ao título começou com duas vitórias contra o Bahia: 4 a 2 e 2 a 0. Logo depois, a equipe dirigida por Zagallo teve pela frente o Cruzeiro. No primeiro confronto, 0 a 0. No segundo, um implacável 3 a 0.

O São Paulo foi o adversário da final, disputada em dois jogos. Em uma partida de alto nível, o Flamengo fez 5 a 3 na primeira decisão. Desta forma, podia até perder por um gol de diferença no duelo seguinte. E foi o que aconteceu. O time do Morumbi ganhou por 3 a 2, de virada, mas não foi o suficiente.

Com a conquista, o Flamengo voltou, enfim, à Libertadores. E Zagallo, aos 69 anos, comemorou, pela primeira vez em sua vitoriosa carreira, um título em Maceió, sua terra natal.

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