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Palácio do Planalto, sede do presidente da república, com as luzes apagadas durante à crise de energia
No século 18 surgiu a idéia de que a República deveria ser dividida em três Poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. Mas no Brasil de hoje, ao contrário do que imaginou o Barão de Montesquieu quando propôs sua famosa teoria, um dos vértices desse triângulo se sobrepõe aos outros dois: a maior parcela de poder fica nas mãos dos ocupantes do Executivo, que são os prefeitos, governadores e, principalmente, o presidente da República. Eles têm ascendência sobre seus colegas do Legislativo e do Judiciário porque controlam os orçamentos. Com isso, podem definir as políticas públicas que serão desenvolvidas pelo Estado.

Base aliada

Apesar do poder econômico, é claro que o presidente não pode governar sozinho em um regime democrático. Por isso, manter uma boa relação com o Congresso sempre ajuda a vida dos ocupantes do Palácio do Planalto. A construção de uma base aliada forte, que englobe a maioria dos parlamentares, é uma das primeiras medidas a que se dedicará o próximo presidente. Para isso, o único caminho é a negociação política, que muitas vezes, no entanto, se transforma em "barganha". Conseguir aprovar rapidamente os projetos de lei ajuda o presidente a preservar sua imagem e implantar com mais facilidade seus programas sociais.

Conduzindo a economia

Uma das tarefas-chave do presidente é a condução da política econômica. O ocupante do Palácio do Planalto escolhe a equipe que vai cuidar dessa área, liderada pelo ministro da Fazenda e pelo presidente do Banco Central. São as decisões sobre o tema que definem estratégias usadas para controlar itens como taxa de juros, inflação, câmbio e rolagem da dívida pública. As condições criadas a partir dessas variáveis vão definir se o país conseguirá crescer ou se a economia continuará com desempenho abaixo do esperado. Esse será um aspecto crucial do trabalho do próximo presidente, já que a geração de empregos é uma das principais demandas da população e um dos temas mais discutidos nesta campanha.

Fronteiras

Já se tornou consenso que a maior parte das nossas fronteiras não é vigiada. Essa atribuição é do Exército e da Polícia Federal, mas os dois órgãos reclamam de falta de pessoal e de recursos para realizar um trabalho eficiente. A discussão sobre essa questão ganhou importância, pois as falhas na fiscalização permitem que uma enorme quantidade de armas e drogas entrem ilegalmente no país. As rotas do tráfico desembocam nas grandes cidade e alimentam o crime organizado. Os governadores reclamam que esse problema transforma o trabalho das polícias estaduais um simples paliativo. Os candidatos têm prometido aumentar o efetivo da PF e reaparelhar as Forças Armadas. Sem essas medidas, armas ilegais continuarão abastecendo as quadrilhas criminosas espalhadas por todo o país.

O Brasil o mundo

O presidente também é o maior responsável pelas relações internacionais do Brasil. Dos temas que compõem a agenda de relações exteriores, um dos mais urgentes é a negociação para a criação da Alca (Área de Livre Comércio das Américas). A formação do bloco econômico é um objetivo dos Estados Unidos. A oposição vê a questão com restrições, alegando que o Mercosul passa por um momento de turbulência e está fragilizado para negociar com os norte-americanos. Outro ponto importante será atuar junto à OMC (Organização Mundial do Comércio) para diminuir as restrições que outros países impõe aos produtos brasileiros. Isso tem relação direta com o aumento das exportações brasileiras, apontado pela maioria dos economistas como a melhor forma de reduzir a dependência do Brasil em relação ao capital externo.

Reforma tributária

Uma das questões mais polêmicas enfrentadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso foi a reforma tributária. O sistema brasileiro de cobrança de impostos é muito complexo, com uma série de tributos que incidem em cascata, ou seja, são cobrados mais de uma vez sobre o mesmo bem ao logo da cadeia produtiva. A reforma não saiu do papel, devido a uma verdadeira guerra de interesses. O problema é que todos os interessados na arrecadação (governo, Estados e municípios) querem mais dinheiro - e ninguém aceita abrir mão daquilo que já tem direito. Solucionar o impasse e coordenar uma nova discussão sobre os impostos é promessa de todos os candidatos nesta campanha.

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