Folha Online Eleições   Brasil Online
Últimas Notícias
Apuração
Presidência
Palanque
Pesquisas
Estados
Congresso Nacional
Desafios
Curiosidades
Frases
Galeria de imagens
Charges
História
Serviços

Palanque - Primeiro turno

"Na sua opinião, de que forma o presidente e seu partido podem contribuir para acabar com atos de corrupção?"

Ciro Garotinho Lula Rui Costa Serra Zé Maria

Ciro

Patrícia Santos/Folha Imagem
Pelo bom exemplo, não roubando nem deixando roubar o dinheiro público.


Anteriores

Em que medida as recentes turbulências e oscilações do mercado financeiro interferem na opção de voto da população?

A população brasileira está sendo enganada pela propaganda do governo e pela manipulação da mídia. O povo não sabe ainda a real extensão da crise cambial que se abate sobre o país.

Por isso, assim desinformado, o povão vai às urnas pensando que a solução dos graves problemas nacionais é apenas trocar o Chico que está aí por um Manoel bem-intencionado. E não é. Se o sr. fosse um governador de Estado e enfrentasse uma rebelião de presos, que medida tomaria para solucionar o problema?

Todas as que estão contidas na Lei e nos manuais do bom senso.

Como reduzir o desemprego com um Orçamento para 2003 que prevê a contenção de gastos nas áreas sociais?

Para que resolvamos todos os nossos problemas sociais, financeiros e de infra-estrutura, o Brasil precisa voltar a crescer. Para isto, precisamos:

1) promover a reforma tributária que tire da produção e dos salários toda a incidência de impostos, que, segundo a minha proposta, transfira para o consumo das classes de renda mais alta e para os ganhos de propriedade de capital o financiamento sadio do Estado;

2) promover uma reforma previdenciária, que troque o atual modelo de repartição por outro, moderno, de capitalização, como se faz nos países mais desenvolvidos;

3) reduzir, dramaticamente, o rombo das nossas contas externas, em todas as rubricas da balança de pagamentos.

Estes três passos estruturais devolverão ao país a capacidade de crescer. Sem o peso da atual carga fiscal, que é a maior do mundo, as empresas passarão a empregar mais, e os salários, pelo mesmo motivo, ganharão poder de compra porque serão melhores e livres, também, de gravames.

Se reduzirmos em apenas 10% a informalidade do mercado de trabalho, o rombo atual da previdência, desaparecerá, mas é bom lembrar que o atual modelo previdenciário precisa também ser mudado. Antes, porém, que essas reformas sejam implementadas, o governo poderá aumentar a oferta de emprego através, por exemplo, de uma política habitacional voltada para as classes de renda mais baixa.

O orçamento da União tem dinheiro para bancar esse programa: é só reduzir os gastos com propaganda e com viagens e diárias de pessoal. Neste ano, só com publicidade para televisão, o governo gastou, no primeiro semestre, R$ 1,7 bilhão.

Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).