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Palanque - Primeiro turno

"Na sua opinião, de que forma o presidente e seu partido podem contribuir para acabar com atos de corrupção?"

Ciro Garotinho Lula Rui Costa Serra Zé Maria

Garotinho

Alexandre Campbell/Folha Imagem
A corrupção é inadmissível. Ela não fere apenas os princípios éticos, mas também é um entrave ao desenvolvimento econômico e à justiça social.

Para enfrentá-la, no plano público, é preciso atuar em duas frentes: dar absoluta transparência aos atos do governo e combater, de forma sistemática, a impunidade.

Além de aperfeiçoar os instrumentos existentes de controle, como, por exemplo, as ouvidorias, é necessário criarmos novos mecanismos que inibam e punam, de fato, a corrupção ativa e passiva no país.

Nos 39 meses em que estivemos à frente do Estado do Rio de Janeiro afastamos diversos funcionários inclusive policiais acusados de corrupção. E promovemos diversas prestações públicas dos atos do governo, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de tornar mais transparente as ações do Executivo.

Com a implantação do chamado governo eletrônico, a população também pode ter acesso aos atos da administração, e a mais de 110 serviços públicos, 24 horas por dia.


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Em que medida as recentes turbulências e oscilações do mercado financeiro interferem na opção de voto da população?

Essas turbulências e oscilações decorrem da vulnerabilidade externa e do fracasso da política econômica do governo Fernando Henrique Cardoso. Não tenho dúvidas de que os eleitores têm consciência dessa pesada herança, deixada por FHC, e de que o candidato do governo, José Serra, representa a continuidade desse modelo.

Para retomar o caminho do desenvolvimento, precisamos de um novo modelo econômico, que inverta o eixo de acumulação de riqueza do setor financeiro para o setor produtivo.

Nossa política será voltada para estimular o crescimento e gerar aumento de arrecadação por essa via. Os instrumentos serão a reforma tributária, a redução dos juros, as políticas de fomento à exportação, à substituição competitiva de importações e à produção agrícola, industrial e à atividade de serviços.

Com o aumento da arrecadação, decorrente do maior crescimento econômico, e com os recursos economizados, graças à queda dos juros e à revisão criteriosa dos gastos de custeio e de investimentos programados pelo atual governo, teremos recursos suficientes para executar os investimentos previstos em nosso plano de governo.

Se o sr. fosse um governador de Estado e enfrentasse uma rebelião de presos, que medida tomaria para solucionar o problema?

A omissão da União tem sido um dos fatores do descontrole da violência no Brasil. Durante oito anos, o presidente Fernando Henrique eximiu-se de responsabilidade sobre essa questão, sustentando que a segurança era problema da esfera estadual. Diariamente entram pelas fronteiras brasileiras uma enorme quantidade de armas.

Só a polícia do Rio apreendeu, no nosso governo, mais de 36 mil armas. Some-se a isto o que foi apreendido pelas polícias de São Paulo, Minas Gerais e dos demais Estados.

Por isso, estamos defendendo a criação de uma guarda de fronteira, para conter a entrada de drogas e armas no país; o aumento do efetivo da Polícia Federal; um sistema de inteligência unificado, vinculado ao Ministério da Justiça; mudanças no Código Penal, antigo e brando; e a construção de presídios federais.

Com essas e outras medidas, enfrentaremos o crime organizado. Já a delinquência, combateremos com programas de prevenção. Nesse caso, estão incluídas campanhas educativas de combate às drogas e promoção de atividades artísticas, culturais e esportivas nas escolas, como fizemos no Rio.

Em segurança pública existe um princípio que se chama princípio de autoridade. Princípio este que foi quebrado quando a atual governadora do Rio de Janeiro trouxe para comandar a Secretaria de Segurança Pública uma pessoa que não entende nada sobre o assunto. No nosso governo, esse princípio foi defendido e graças a ele, e aos investimentos feitos na área se segurança pública e no sistema penitenciário, conseguimos contornar os conflitos existentes.

Como reduzir o desemprego com um Orçamento para 2003 que prevê a contenção de gastos nas áreas sociais?

O desemprego é uma das conseqüências mais perversas do modelo neoliberal imposto ao país por FHC. Apesar de sermos a 11ª maior economia do mundo, temos hoje 13 milhões de pessoas desempregadas no país. Isso sem falar nos que estão no mercado informal.

Para retomar o caminho do desenvolvimento, o país precisa de um novo paradigma econômico, que inverta o eixo de acumulação de riqueza do setor financeiro para o setor produtivo.

O que determinará a disponibilidade de recursos para investir, no ano que vem, será a taxa de crescimento da economia e a capacidade para economizar no custeio e para promover a revisão criteriosa dos valores de projetos e programas em execução.

Nossa política será voltada para estimular o crescimento e gerar aumento de arrecadação por essa via. Os instrumentos serão a reforma tributária, a redução dos juros, as políticas de fomento à exportação, à substituição competitiva de importações e à produção agrícola, industrial e à atividade de serviços.

Com o aumento da arrecadação, decorrente do maior crescimento econômico, e com os recursos economizados, graças à queda dos juros e à revisão criteriosa dos gastos de custeio e de investimentos programados pelo atual governo, teremos recursos suficientes para executar os investimentos previstos em nosso plano de governo.

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