Folha Online Ilustrada Mostra BR de cinema
Mostra BR de Cinema

Veja como a Mostra evoluiu

da Folha Online

1ª Mostra (1977)

A Mostra Internacional de Cinema nasceu para comemorar os 30 anos do Masp. O filme "25", de Celso Luccas e José Celso Martinez Corrêa, entrou na Mostra clandestinamente.

2ª Mostra (1978)

O governo brasileiro proibia qualquer contato, mesmo que telefônico, com Cuba, mas a Mostra insistiu e trouxe filmes cubanos, e o público premiou um longa cubano, "A Última Ceia", de Thomás Gutiérrez.

3ª Mostra (1979)

É exibido pela primeira vez no Brasil um filme de Manoel de Oliveira, "Amor de Perdição". Foi sua apresentação ao público da Mostra.

4ª Mostra (1980)

Pela primeira vez, um filme que tratava da doutrina socialista de crianças chinesas foi vetado na mostra. No longa, crianças recitavam um hino a Mao sob uma macieira com frutos pintados para ficarem mais vermelhos. Houve uma retrospectiva em homenagem a Andy Warhol.

5ª Mostra (1981)

"Mistérios do Organismo", de Makavejev e Saló, e "120 Dias de Sodoma", de Pasolini, foram ovacionados pela crítica e pelo público. O diretor Yilmaz Guney, que estava preso politicamente, deixou a prisão sob o pretexto de vir ao Brasil, mas não veio e se refugiou na Suíça.

6ª Mostra (1982)

O festival apresenta "Você se Lembra de Dolly Bell?", o primeiro filme do iugoslavo Emir Kusturica, ganhador do prêmio da crítica da Mostra.

7ª Mostra (1983)

Vence o prêmio do público o filme húngaro "Um Outro Jeito", de Karol Makk, sobre a repressão ao homossexualismo feminino nos anos 50 na ex-URSS.

8ª Mostra (1984)

A Mostra deixa o Masp e passa a ser independente. A Polícia Federal parou o festival no meio, cassando a liminar que concedia o direito de exibir filmes sem censura prévia. No momento, no Cine Metrópole (avenida São Luís), passava "O Estado das Coisas", de Wim Wenders.

9ª Mostra (1985)

Foi o fim da censura prévia e a artista plástica Tomie Othake criou o prêmio "Troféu Bandeira Paulista".

10ª Mostra (1986)

Um grupo de punks -na época inéditos- invadiu o Cine Metrópole (av. São Luís) e picharam o interior da sala enquanto era exibido "Sid e Nancy".

11ª Mostra (1987)

O festival revelou o diretor argentino Eliseo Subiela, recém saído da publicidade, com o filme "Homem Olhando ao Sudeste", que ganhou o prêmio do público.

12ª Mostra (1988)

O filme "Asas do Desejo", de Wim Wenders, é exibido na Mostra, mas permanece fora do circuito por dois anos.

13ª Mostra (1989)

A Mostra passa a fazer parte da Federação Internacional da Associação dos Produtores de Filmes, como "festival não-competitivo".

14ª Mostra (1990)

Na "Era Collor", a Mostra não obteve patrocínio e teve de ser socorrida pela produtora francesa Argos Films, que cedeu os direitos de distribuição no Brasil de "Asas do Desejo", de Win Wenders. A partir de 90, a Mostra revelou o cinema iraniano e apresentou pela primeira vez uma seleção de filmes trash.

15ª Mostra (1991)

Convidada a voltar para o Masp, a Mostra revelou internacionalmente o jovem americano Hal Hartley, ganhador do Prêmio do Público com o filme "Confiança".

16ª Mostra (1992)

Virando "mostra-manifesto", por causa do impeachment do então presidente Fernando Collor de Mello, a Mostra recebe Quentin Tarantino como um diretor estreante em "Cães de Aluguel".

17ª Mostra (1993)

Os filmes mais esperados da Mostra, com a retrospectiva sueca dos primeiros filmes da carreira de Ingrid Bergman, são perdidos na alfândega e só são encontrados nos últimos dias do evento.

18ª Mostra (1994)

É criado um prêmio do júri internacional para novos cineastas. O público pré-escolhia os dez melhores e o júri os selecionava. O primeiro Júri teve a atriz Maria de Medeiros, os cineastas Abbas Kiarostami e Carlos Reichenbach, o ator Patrick Bauchau e o produtor Chris Sievernich.

19ª Mostra (1995)

Quando o cinema comemorou cem anos, a Mostra promoveu o encontro das duas personalidades mais idosas do veículo: o diretor de fotografia mexicano Gabriel Figueroa e o cineasta português Manoel de Oliveira.

20ª Mostra (1996)

A organização da Mostra obtém na alfândega uma instrução normativa que elimina dificuldades burocráticas e facilita o "trânsito" das obras de arte e a produção de eventos culturais no país.

21ª Mostra (1997)

A Mostra exibe assassinos seriais com sotaques diversos. O mais polêmico é o jovem Peter de "Funny Games - Violência Gratuita", produção austríaca dirigida por Michael Haneke.

22ª Mostra (1998)

São exibidos 161 filmes e a mostra ganha uma versão itinerante que viajou pelo país. O público escolheu "Bagagem Esquecida", de Jeroen Krabbé; "O Cubo", de Vincenzo Natali; "Expectativas", de Daniel Bergman; "Família", de Fernando León de Aranoa; "Felicidade", de Todd Solondz; "Festa de Família", de Thomas Vinterberg; "Os Herdeiros", de Stefan Ruzowitsky; "Lulu on The Bridge", de Paul Auster; "A Maçã", de Samira Makhmalbaf; "Meu Nome é Sara", de Dolores Payás; "Trem da Vida", de Radu Mihaileanu, e "Você Sozinho Não Pode Ver", de Tomoyuki Akaishi.

23ª Mostra (1999)

O hit da Mostra é o alemão "Corra, Lola, Corra", de Tom Twiker. Entram na Mostra os filmes GLS do Mix Brasil. O Cinesesc é inundado pela chuva, mas reaberto dias depois.

24ª Mostra (2000)

O prêmio Bandeira Paulista foi dado aos filmes "Tempo de Embebedar Cavalos" (iraniano), "Billy Elliot" (inglês) e "Capitães de Abril" (português). Foi a primeira vez que a Mostra Internacional de Cinema dividiu o prêmio para os melhores filmes. No mesmo ano, o número de cinemas e sua abrangência por região de São Paulo aumentou. Foi incluído na programação o Cinemark do Shopping Market Place.

25ª Mostra (2001)

A edição do ano passado provou que a Mostra é politizada. Trouxe filmes de várias nacionalidades e temas que tratam do mundo globalizado, discutem as guerras civis e os problemas da nação e do ser humano, psicologicamente.

Fonte: Mostra BR de Cinema - 25ª Mostra Internacional de São Paulo

Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).