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Rush
18/11/2002

Biografia

Sem gravadora, Rush fez independente e abriu shows do Kiss

da Folha Online

Já são mais de 30 anos desde a formação do Rush, em 1969, com álbuns de hard-rock, rock progressivo e motivo de sobra para que arrebatasse uma legião de fãs. O nome foi sugestão do irmão mais velho de John Rutsey, baterista da banda.

A primeira formação teve o baixista e vocalista Geddy Lee (Gary Lee Weinrib), o guitarrista Alex Lifeson (Alex Zovojinovich) e o baterista John Rutsey, todos companheiros de escola. No início, os três tocavam covers de bandas de hard-rock, imitavam Led Zeppelin e Crem em bares de Toronto, no Canadá.

Parece não ter sido fácil para o Rush. Em 1974, quando já tinham alguns anos de estrada, eles não conseguiram patrocínio nem apoio de gravadoras para lançar um álbum no mercado. Fizeram-no de forma independente. "Rush" não pegou.

Depois do primeiro álbum, Rutsey abandonou a banda por causa da diferença musical e de supostos problemas de saúde. Foi substituído por Neil Peart. Além da bateria, ele comandou também muitas composições da banda, letras que se encaixavam perfeitamente no que Geddy Lee e Alex Lifeson produziam.

A primeira gravadora do Rush foi a Mercury. O primeiro disco foi relançado e o grupo passou a fazer shows abrindo shows nos Estados Unidos para bandas já consagradas como Kiss e Uriah Heep.

Foi somente no segundo trabalho, intitulado "Fly By Night", que o Rush começou a definir o que queria. Ainda em 1975, lançou outro álbum, o "Caress of Steal". Mas o sucesso ainda estava longe.

O início do reconhecimento só chegou para o Rush em 1976, quando a banda gravou o disco "2112", divulgado por todo o mundo.

A partir de 77, dizem os mais estudados em Rush, o disco "Farewell to Kings" deu maturidade à banda.

Entre 78 e o início dos anos 80, o Rush tentou simplificar seu som, mas não perdeu seus fãs. Isso veio a acontecer em 82, quando gravou "Signals" e em 83 com "Grace Under Pressure", álbuns em que a banda tenta modernizar seu som, incluindo sintetizadores nos arranjos e abandonando um pouco as guitarras. Os temas das letras, todos futuristas, também não agradaram. Até 87, nada de o Rush mudar novamente o caminho para agradar aos fãs.

De 88 em diante, a banda tentou resgatar um pouco de sua antiga sonoridade, reduzindo a utilização de equipamentos eletrônicos. A tentativa de simplificar o trabalho rendeu ao Rush os piores anos de sua longa carreira. "Presto" (90), "Roll the Bones" (91) e "Counterparts" (93) são considerados os piores discos da banda.

Mas em 96, o Rush começou a ressurgir. Gravou "Test of Echo", que foi elogiado pela crítica e pelo público.

1997 foi o ano em que saíram duas coletâneas gigantes com o melhor da carreira da banda, sucessos gravados entre 74 e 80.

Mas a ousadia do Rush não significa somente modificar seu som. Vai também na inovação de produtos. Em 98, o álbum ao vivo "Different Stages" traz, ao invés de um, três CDs.

Mas foram quase seis anos longe dos estúdios. Boatos sobre o fim do grupo surgiram e ganharam força pelo mundo. Até que, neste ano, o Rush lançou seu mais recente álbum, "Vapor Trails", com o qual excursiona desde junho de 2002. É puro rock progressivo.

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