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Tráfico no Rio

ADA nasceu de assassinato de líder do CV

da Folha Online

12.set.2002-Publius Vergilius/Folha Imagem
jovem que se identificou como sobrinha de um dos presos do presídio de Bangu 1 que queria a ajuda de um pastor durante rebelião que durou 23 horas. Pelo menos cinco presos foram mortos, entre eles Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê, da ADA (Amigo dos Amigos), principal concorrente de Beira-Mar na venda de drogas no atacado.
O Amigo dos Amigos foi fundado por Ernaldo Pinto de Medeiros, o Uê (assassinado em 2002 durante rebelião em Bangu), e por Celsinho da Vila Vintém por volta de 1998.

Uê foi expulso do Comando Vermelho em 94, após tramar a morte de Orlando Jogador, um dos líderes da principal organização criminosa do Rio de Janeiro.

Militam na ADA traficantes jovens, que não aceitam o controle das "bocas" (pontos-de-venda) de cocaína e maconha por criminosos veteranos, que dominam a venda de drogas de dentro das prisões onde cumprem penas.

Os homens da ADA não concordam em repassar cotas do dinheiro arrecadado nas “bocas” para o pessoal de confiança dos antigos “chefões”.

Também não aceitam sustentar as famílias dos traficantes presos. No meio criminal, é comum a família ser mantida pelas quadrilhas até que o parente preso obtenha a liberdade.

Os traficantes da ADA se recusam, ainda, a contribuir para uma espécie de fundo de amparo aos presos. O dinheiro do fundo serve para contratar advogados, subornar policiais e agentes carcerários e montar estrutura para fugas.

A facção domina o complexo de São Carlos, Adeus/Juramento, Caju e trava conflitos com o Terceiro Comando na Vila Vintém e no próprio São Carlos. Como “atacadista” de drogas, Uê movimenta certa de R$ 20 milhões por ano, segundo a PF.

Principais líderes


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