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Elite volta para reerguer o torneio
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Sem os "grandes", a edição 2002 ficou com os estádios vazios

Após uma edição apagada, sem brilho e empolgação, o Campeonato Paulista deste ano volta a contar com sua força. Em 2002, os principais clubes do Estado (Corinthians, São Paulo, Palmeiras, Santos, São Caetano e Lusa) e as grandes equipes do interior (Guarani e Ponte Preta) disputaram o Torneio Rio-São Paulo, que foi realizado simultaneamente ao Estadual.

Com isso, o Paulista do ano passado foi disputado por times de pouca expressão e teve o Ituano como campeão. A ausência dos “grandes” trouxe conseqüências esperadas, como o baixo interesse da mídia e dos torcedores. A competição teve média de 1.077,68 pagantes por jogo e isto agravou ainda mais a crise financeira dos clubes.

Agora, com a extinção do Rio-São Paulo neste ano, o Estadual tenta se reerguer.

O começo

Considerado o mais equilibrado Estadual do Brasil, o Paulista teve o seu início em 1902 e foi disputado por cinco clubes que compunham a Liga Paulista de Futebol: São Paulo Athletic, Paulistano, Germânia, Mackenzie e Internacional. Os ingleses do São Paulo Athletic foram os primeiros campeões ao baterem o Paulistano por 2 a 1 na final.

Em 1913, Paulistano, Mackenzie e Palmeiras fundaram a APEA (Associação Paulista de Esportes Atléticos) e resolveram deixar a Liga devido à inclusão de clubes mais populares, como o Corinthians e o Ypiranga. Mas esta divisão durou pouco tempo e, em 1917, as duas ligas foram unificadas.

O campeonato voltou a se dividir em 1926, quando a diretoria do Paulistano brigou com a APEA e acabou criando a LAF (Liga de Amadores do Futebol). Desta forma o estado de São Paulo teve dois campeonatos por mais três anos.

A LAF foi extinta em 1930 e durante cinco anos o estadual foi único, mas uma nova divisão aconteceu com a criação de LPF (Liga Paulista de Futebol). Em 1936, o campeonato da APEA teve a sua última edição e a partir daí o Estadual se consolidou.

Pelé: "Rei" também do Paulista
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Pelé comemora gol em clássico entre Santos e Corinthians, em 73

Pelé disputou seu primeiro Paulista em 1957 e, em seu jogo de estréia, marcou um gol na vitória de 5 a 3 do Santos sobre o XV de Piracicaba, em 14 de julho daquele ano.

Na temporada seguinte, o “Rei do futebol” foi o artilheiro do campeonato com incríveis 58 gols, recorde que até hoje não foi superado. No mesmo ano, conquistou seu primeiro título do Estadual com uma das campanhas mais impressionantes de toda a história da competição, quando a equipe santista marcou 143 gols.

Durante sua carreira, Pelé foi o artilheiro máximo do Paulista em 11 oportunidades, sendo nove dessas consecutivas. Nenhum outro jogador alcançou tantas glórias no campeonato.

São Paulo, o “supercampeão”
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Jogadores do São Paulo festejam a conquista do Supercampeonato

Através de uma fórmula esdrúxula, o Paulista do ano passado teve um campeão (Ituano) e um supercampeão (São Paulo).

Sem os “grandes”, o campeonato foi conquistado pelo Ituano, que terminou com 40 pontos _um a mais que o União São João.

Entretanto, o brilho da conquista da equipe de Itu ficou um pouco apagada após o presidente Eduardo José Farah criar o Supercampeonato Paulista, que teve a participação de Corinthians, Palmeiras e São Paulo, os melhores do Estado no Rio-São Paulo.

Nos confrontos que definiram os finalistas do Supercampeonato, o Ituano superou o Corinthians, e o São Paulo bateu o Palmeiras. Na decisão, o time de Oswaldo de Oliveira, que tinha acabado de ser contratado, confirmou o favoritismo e faturou o título após um empate (2 a 2) fora de casa e uma vitória (4 a 1) no Morumbi.


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