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08/10/2003
Museus do Instituto Butantan desmitificam répteis e aracnídeos
da Folha Online
Aranhas, escorpiões, serpentes e lagartos podem não ser "fofinhos" como os ursos nem "engraçados" como os chimpanzés, mas seu jeito misterioso desperta a curiosidade e atrai a atenção de adultos e crianças que visitam o Instituto Butantan. Prova disso é o tamanho do público recebido nos museus da instituição: cerca de 500 mil por ano.
Passeio indispensável para quem gosta de ficar por dentro das curiosidades do mundo animal, o Instituto Butantan é dividido em três museus --Biológico, de Microbiologia e Histórico. Há também uma exposição de rua, serpentário e quiosque.
Museu Biológico
O museu maior e mais conhecido do instituto é o Biológico, criado pelo médico Vital Brazil, em 1915. No acervo, há exemplares de animais peçonhentos ou não, da fauna brasileira e exótica, dispostos de acordo com seu habitat primário. Por isso, os primeiros animais encontrados são as serpentes e lagartos das florestas e depois aqueles cujo habitat são áreas abertas.
Esqueletos de animais como a sucuri e a tartaruga fazem parte do acervo, que conta ainda com um terrário onde a reprodução dos répteis é ilustrada por meio da exibição de ovos e embriões de resina.
Para identificar cada espécie, os terrários têm placas que trazem informações como nome popular e científico do animal, dizendo se é peçonhento ou não, do que se alimenta, como se reproduz e qual é seu habitat, entre outras informações.
Tótens trazem dados sobre a biologia de serpentes, aranhas e escorpiões e painéis que explicam como prevenir acidentes e quais são os primeiros-socorros.
Museu de Microbiologia
Observar protozoários se mexendo em uma gota d’água não-tratada e células sanguíneas através das lentes de um microscópio profissional é a maior atração do Museu de Microbiologia.
"O que o público mais gosta é de ver microorganismos vivos passeando na lâmina. Ninguém tem acesso a um microscópio como esses", diz a pesquisadora científica e diretora de Museu de Microbiologia Milene Tino De Franco.
E melhor ainda do que apenas olhar, é manipular os aparelhos para enxergar os microorganismos ou então visualizar sua imagem reproduzida em uma tela grande.
Aberta à visitação, há também uma sala de exposição onde o público aprende o que são os microorganismos, conhecem seu histórico, como são produzidas as vacinas e quais são as doenças modernas.
Modelos gigantes de vírus, bactérias, fungos e protozoários ajudam o visitante a ter uma noção de como são os microorganismos presentes no corpo e no ar, como o vírus da gripe.
Na sala de vídeo, são exibidos desenhos animados e filmes mais complexos sobre os microorganismos.
Em funcionamento desde abril deste ano, o Museu de Microbiologia é resultado de uma parceria entre a Fundação Butantan, Fundação Vitae, Fapesp e Aventis Pasteur. Com capacidade para 50 pessoas, a visita de grupos com mais 20 pessoas deve ser agendada pelo telefone.
Museu Histórico
Graças aos registros fotográficos e relatos de antigos funcionários do Instituto Butantan, o antigo laboratório de Vital Brazil foi restaurado e inaugurado em 1981.
O espaço reproduz o ambiente do laboratório original e abriga equipamentos de laboratório antigos. Há uma estufa de parede de 1910, uma mesa trazida da França no início do século, cujo tampo foi feito de lavra vulcânica e plantas da mata atlântica conservadas a mais de 100 anos em óleo vegetal.
A visita ao Museu Histórico é gratuita.
Museu de Rua, Serpentário e Quiosque
A história do Instituto Butantan registrada em fotografias pode ser relembrada em painéis com texto bilíngue expostos na alameda principal do instituto.
Construído em 1912, o serpentário é uma área murada onde, ao ar livre, estão expostas várias espécies de serpente peçonhenta e não-peçonhentas da fauna brasileira.
Já o quiosque, atualmente abriga um mostruário de cobras, escorpiões e aranhas. No passado, era nesse local que funcionava a recepção de serpentes que chegavam ao instituto.
INSTITUTO BUTANTAN
Onde: av. Vital Brasil, 1.500, Butantã, São Paulo
Quando: terça a domingo, das 9h às 16h
Quanto: R$ 2 (estudantes) e R$ 3 (adultos), no Museu Biológico, R$ 1 (estudantes), R$ 2 (adultos) e R$ 4 (familiar), no Museu de Microbiologia; crianças menores de 7 anos e adultos maiores de 65 anos não pagam. Às quartas-feiras, a entrada é gratuita para estudantes no Museu Biológico e no de Microbiologia.
Informações: 0/xx/11/ 3726-7222 (ramal 2206)
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