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Eleições argentinas
23/04/2003

Entenda o calote e a desvalorização

da Folha Online

O calote

A Argentina decretou moratória porque não tinha como pagar seus credores externos. O alto índices de desemprego (18%) e o elevado déficit público não indicavam outra saída. A moratória obrigou os credores a renegociarem com o governo.

Em 2 de janeiro de 2002, o governo não pagou uma parcela da dívida externa de US$ 28 milhões, relativa à emissão de bônus denominados em liras (ex-moeda da Itália) com vencimento em 2007.

Outros países também já haviam declarado não ter dinheiro para pagar dívidas, como o Brasil em 1985, o México em 94 e a Rússia em 98.

A desvalorização

A desvalorização cambial foi uma opção que surgiu após a renúncia do então ministro da Economia, Domingo Cavallo, em 18 de dezembro de 2001, dois dias antes da saída do presidente Fernando De la Rúa.

Eduardo Duhalde, candidato derrotado nas eleições e conduzido ao poder pelo Congresso escolhe Jorge Remes Lenicov para a pasta da Economia e anuncia a desvalorizar da moeda após uma década de paridade cambial com o dólar.

O Senado aprovou desvalorização de 30%, e o fim da lei de conversibilidade permitiu a oscilação do dólar.

Em fevereiro de 2002, após um embate com a Justiça, que tentava derrubar as medidas e o “corralito” (retenção de depósitos e ativos financeiros) , o governo promove a pesificação total da economia. No mês seguinte, o dólar chegaria a ser vendido a 4 pesos.


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