Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Petrobras 50 anos 03/10/2003

Tentáculos: Empresa quer dobrar presença no exterior

Petrobras investe na América do Sul e na África

CLÁUDIA TREVISAN
da Folha de S.Paulo

A Petrobras pretende dobrar até 2007 o peso das atividades internacionais na receita obtida por todos os seus negócios. Presente em seis países, a estatal deve investir no período US$ 5,1 bilhões para expandir suas operações fora do Brasil, com prioridade para a Argentina e a Nigéria. A empresa prepara também sua volta ao Oriente Médio.

A internacionalização foi planejada inicialmente para compensar a perda de mercado interno que a empresa esperava ter com a quebra do monopólio do petróleo. Apesar de essa previsão não ter se confirmado, a estratégia foi mantida e acabou se transformando em uma importante arma para a expansão da Petrobras, tanto dentro quanto fora do Brasil.

A direção da companhia acredita que a aquisição de ativos em outros países e o aumento do fluxo de caixa em moeda forte irá reduzir o custo de captação de dinheiro pela empresa, aproximando-o do de seus concorrentes externos.

"A internacionalização dá mais estabilidade à companhia, na medida em que ela depende menos de um só mercado. Com isso, diminui seu risco e as taxas que ela tem de pagar para se financiar", afirma Cláudio Castejon, gerente-executivo de Planejamento e Serviços Internacionais da Petrobras.

Segundo Castejon, os investimentos de 2003 a 2007 devem se concentrar em três áreas estratégicas: América do Sul, costa oeste da África e golfo do México.

A Argentina é o país de maior peso na atuação da Petrobras depois do Brasil. Em 2002, a companhia investiu US$ 1 bilhão na compra da Perez Companc, rebatizada de Petrobras Energía. Com a aquisição, passou a ter presença em mercados como Equador e Peru, onde a argentina já atuava.

A Petrobras Energía vai abocanhar US$ 2,3 bilhões dos US$ 5,1 bilhões que serão investidos no exterior. Pouco mais de US$ 1 bilhão ficará na Argentina e o restante será destinado aos demais países onde a empresa atua.

A Petrobras produz na Argentina 123,8 mil barris equivalentes de petróleo e gás por dia, quase metade do total de 250,4 mil barris equivalentes/dia que produz fora do Brasil. Barril equivalente é uma medida que permite equiparar a produção de petróleo e gás.

Os 250,4 mil barris representam 14% da produção global da Petrobras, de 2,1 milhões de barris equivalentes/dia. Até 2007, a empresa espera elevar sua produção no exterior para 500 mil barris equivalentes/dia. No mesmo período, o peso das operações internacionais no fluxo de receitas da companhia deverá passar dos atuais 9% para 18% do total.

A Nigéria ficará com o segundo maior volume de investimentos, de US$ 1,4 bilhão. A empresa já descobriu petróleo em 2 dos 4 blocos que explora no país e deve começar a produção em 2007.

Na América do Sul, tem forte atuação na Bolívia, onde é a maior empresa local. Como a presença no país já está consolidada, o volume de investimentos é menor: US$ 175 milhões. Na região, a Venezuela é que receberá mais recursos depois da Argentina, por meio de investimentos de US$ 800 milhões da Petrobras Energía. O país tem a segunda maior produção da estatal fora do Brasil, com 44 mil barris equivalentes/ dia de óleo e gás.

O quarto lugar é ocupado pelos Estados Unidos, com US$ 450 milhões, que serão destinados à exploração no golfo do México. A Colômbia é outro país latino que receberá investimentos da Petrobras, com US$ 165 milhões.

A Petrobras ainda tem interesse de entrar nos mercados mexicano e chileno. No primeiro caso, está participando de uma licitação para exploração de campos de gás na fronteira mexicana com os EUA. No Chile, foram realizados contatos com algumas empresas, mas não há nada definido.

A Petrobras também tem planos de voltar a atuar no Oriente Médio, de onde saiu nos anos 80. O primeiro passo é a participação na licitação de um bloco no Irã. O resultado deve sair no fim do ano.

"Qualquer grande companhia tem de olhar para o Oriente Médio, que concentra 70% das reservas mundiais", diz Castejon.

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).