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Gastronomia

Caranguejo

O principal aperitivo sergipano requer um pouco de prática para ser comido. Não estranhe quando garçom aparecer com uma pranchinha de mármore, tigelas e martelinhos de madeira. E, claro, babadores. Sem eles, você corre o risco de lambuzar sua roupa com as patinhas que podem, eventualmente, voar da sua mão.

O primeiro passo é tirar o peito do bichinho para escorrer o “xixi". Há quem não se preocupe com isso e coma com o líquido. É questão de gosto. Solte uma das patas e coloque-a no mármore. Bata levemente com o martelinho no lado mais estreito. Quebre só um pouco e puxe a casquinha vermelha para achar a carne. Daí, é só comer e repetir a operação para as outras patinhas.

Se você não quiser ter tanto trabalho pode optar pelas patinhas de caranguejo empanadas. Ou pelo pastel de caranguejo, ou a empada de caranguejo, ou a moqueca de caranguejo. Onde você estiver em Sergipe, vai encontrar itens preparados com essa saborosa carne.

Se você estiver em Aracaju, vá até a passarela do Caranguejo, em frente à praia de Atalaia. Naquele pedaço, todos os bares vendem o petisco de caranguejo. Você recebe uma panela com cerca de 10 caranguejos cozidos em água e sal e paga somente os que consumir. A Casa de Forró Cariri (Av. Santos Dumont, s/n, orla de Atalaia) é um dos pontos mais concorridos, também por sua pista de dança, que recebe bandas e cantores do gênero todos os dias.

Carne-de-sol

A melhor carne-de-sol do Nordeste está, sem dúvida, em Sergipe. Bifes suculentos e bem salgados podem ser encontrados em praticamente qualquer restaurante ou boteco do Estado.

Os pratos preparados com essa carne são outra razão para não deixar Sergipe sem algumas visitas a restaurantes. No Paió (av. Antonio Alves, 388A, em Atalaia Velha), a torta de macaxeira (mandioca para quem vive ao sul) com carne-de-sol é um dos pratos mais pedidos e uma sugestão deliciosa para o fim de noite. Os preços são baixos e o ambiente, muito simpático. Os móveis são de madeira e parte do chão é coberta com pedregulhos, dando um ar amistoso ao local. A tapioca com queijo e coco ralado e o queijo coalho assado também merecem uma menção.

Arraia, surubim, cação...

Os peixes acima são alguns dos mais comuns em Sergipe. A moqueca de arraia é um dos pratos típicos mais pedidos nos restaurantes. Há peixes de água doce e salgada em abundância, por conta do grande número de rios que cortam o Estado e do extenso litoral.

Existem restaurantes em profusão à beira dos rios de Sergipe. O Karranca’s é um dos mais famosos e uma boa opção em frutos do mar, à beira do lago do Xingó. Instalado em uma plataforma flutuante, o lugar é ponto de saída de barcos que vão ao cânion. Serve postas de surubim fritas, porções de pitú, parente próximo da lagosta, moqueca do mesmo e uma deliciosa tilápia ao forno. Consulte sua agenda antes de ir até lá, pois o restaurante não abre às segundas-feiras.

Tapioca

É possível encontrar tapioca em qualquer barraquinha. Em várias, ela é chamada de “tapioca alagoana", mas não existe uma grande diferença. Recheada com queijo, coco ralado ou manteiga de garrafa, vale a pena experimentar o petisco. Feito a partir da macaxeira, a tapioca é parte do cardápio dos “cafés nordestinos", que oferecem delícias dessa cozinha como cuscuz e beiju.

A jornalista Laura Prado viajou a convite da Emsetur e com apoio da Tam

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