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Vida Universitária 28/10/2003

Caça ao canudo

Maioria dos universitários paulistanos acha o ensino caro, mas dá nota boa à faculdade

DÉBORA YURI
da Revista da Folha

O universitário paulistano estuda em instituição privada, está satisfeito com seu curso, já trabalha na área, divide-se entre o gosto pessoal e o mercado de trabalho quando escolhe a carreira e não vê a qualidade do ensino como fator mais importante para eleger uma escola. É isso que aponta uma pesquisa inédita, feita por telefone pelo Datafolha neste mês, com estudantes de graduação.

O levantamento traz ainda uma boa notícia para as instituições particulares: a nota média que elas receberam dos alunos (7,8) é bem próxima dos 8,1 atribuídos às federais e estaduais.

A aprovação das particulares, que juntas somam 96% das instituições de ensino superior da cidade, não esconde, porém, um cenário difícil. Em 2002, 45% das vagas disponíveis não foram preenchidas, segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), do Ministério da Educação. O percentual é ainda mais espantoso quando se considera que, no ensino público, a proporção era de 30 candidatos para cada vaga.

"Essa alta taxa de ociosidade nas particulares se dá por três fatores: excesso de oferta concentrada, alunos que não podem pagar e alunos que até podem, mas não pagam porque entendem que não vale a pena", diz Dilvo Ristoff, 53, diretor de Estatísticas e Avaliação da Educação Superior do Inep.

Para ele, o sistema privado está esgotado ou próximo do esgotamento. "Junte a fatia de mercado que as particulares representam, a altíssima ociosidade de suas vagas e cerca de 30% de inadimplência. Fora isso, a renda familiar média da população que está no ensino médio e pode entrar na faculdade é mais baixa do que a dos atuais universitários. Precisamos pensar em outras alternativas", afirma.

Para melhorar o panorama, o governo poderia gerar crédito educativo, financiando o estudo nas particulares, ou investir nas públicas para aumentar as vagas. Os profissionais das escolas privadas preferem a primeira opção; Ristoff fica com a segunda. "O potencial de qualidade das universidades públicas é inegável, 65% dos doutores e 62% dos mestres do país estão lá. E você não precisa duplicar os recursos para duplicar as vagas. Um pequeno investimento pode gerar grande avanço", acredita.

José Walter Pereira dos Santos, 64, diretor-executivo da Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares), diz que toda expansão universitária é positiva no Brasil. "O sistema privado não pediu para ser 88% do mercado (índice nacional de 2002). O país não terá desenvolvimento sem essa expansão, e só as privadas podem crescer."

Santos acredita que o ensino superior não deveria ser dividido em público ou privado, e sim em "bom ou ruim". "Nem nos países avançados os cursos são iguais em termos de qualidade", justifica.

Metodologia da pesquisa: A pesquisa do Datafolha é um levantamento por amostragem estratificada em lista telefônica residencial, com sorteio aleatório dos entrevistados. O universo da pesquisa é o conjunto da população residente na cidade de São Paulo, possuidora de telefone fixo (76%) e matriculada em faculdades e universidades públicas e particulares da capital. Nesse levantamento, realizado entre 7 e 12 de outubro, foram entrevistadas 312 pessoas, e a margem de erro máxima decorrente é de seis pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. Isto significa que, se fossem realizados 100 levantamentos com a mesma metodologia, em 95 os resultados estariam dentro da margem de erro prevista.

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