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29/11/2004

Aplicações em títulos de crédito têm risco elevado

SANDRA BALBI
Da reportagem local

Os fundos de Renda Fixa Crédito captaram R$ 108,9 milhões entre os dias 16 e 22 deste mês, a semana posterior à intervenção do Banco Central no Banco Santos, e ao bloqueio dos fundos dessa instituição pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). "Foi a terceira categoria que mais captou na semana, depois dos fundos DI e dos cambiais", diz Marcelo D'Agosto, diretor do site Fortuna.

Esses fundos têm como política de investimentos aplicar os recursos dos cotistas em títulos privados - CDBs (Certificados de Depósitos Bancários) e debêntures de empresas. Muitos deles aplicam em papéis de empresas e bancos de pequeno porte e pouco conhecidos.

"São fundos destinados a investidores qualificados, ou seja, aqueles que têm maior conhecimento sobre o mercado financeiro", alerta André Oda, supervisor do Guia de Fundos do Labfin (Laboratório de Finanças da USP).

No entanto, segundo ele, esses fundos vêm sendo vendidos pelos grandes bancos de varejo também ao pequeno e médio investidor. Há no mercado 44 fundos de Renda Fixa Crédito abertos ao público, que já acumulam um patrimônio de R$ 12,6 bilhões depositados por investidores de todos os portes.

Risco

Os Renda Fixa Crédito oferecem mais riscos ao investidor que os demais fundos de Renda Fixa, pois carregam o que os especialistas chamam de risco de crédito. Ou seja, a possibilidade de o emissor do título que está em sua carteira não honrar o papel. "Se um banco tiver problemas, como ocorreu com o Santos, seu CDB vira pó; o mesmo acontece se uma empresa que emitiu debêntures quebrar", diz Oda.

Por isso, segundo ele, uma precaução que o investidor deve tomar é verificar com o gestor do fundo se a carteira de investimentos está pulverizada em papéis de diferentes emissores, para diluir o risco. "O problema é que quase ninguém analisa a carteira de um fundo antes de aplicar, embora as informações estejam disponíveis até no site dos bancos, em alguns casos", diz Oda.

Segundo Luis Lobianco, responsável pela área de fundos de investimentos da CVM, o órgão só recebe informações sobre a composição das carteiras dos fundos de investimento uma vez por mês. "Não temos monitoramento "online" das carteiras."

Além disso, segundo informou o técnico, a CVM admite que o administrador de fundos "proteja sua carteira para não ser copiada pela concorrência". Nesse caso, as informações só são liberadas ao público 90 dias após seu envio ao órgão fiscalizador do mercado. As informações disponíveis no site da CVM (www.cvm.gov.br), portanto, podem estar defasadas.

FRASE
"Os fundos de Renda Fixa Crédito são destinados a investidores qualificados, ou seja, aqueles que têm maior conhecimento sobre o mercado financeiro. Mas os bancos vendem o produto para todos os investidores"
ANDRÉ ODA
supervisor do Guia de Fundos do Labfin (Laboratório de Finanças da Universidade de São Paulo)
Também não existe uma regulamentação específica para os Renda Fixa Crédito. "Só regulamentamos os fundos de Renda Fixa e o mercado pode subdividir essa categoria como quiser", diz Lobianco.

Os fundos de Renda Fixa aplicam em títulos públicos ou privados e podem ter até 100% do seu patrimônio em papéis emitidos pelo setor privado. "No entanto, eles só podem aplicar até 10% do patrimônio em ativos de um mesmo emissor, mas no caso de instituição financeira o limite sobe para 20%", explica.

Como os limites são altos, Oda, do Labfin da USP, recomenda que antes de aplicar em um fundo com títulos privados você analise qual é a perda máxima que está disposto a suportar. "Se o valor do papel cair para algo próximo a zero, como ocorreu com os CDBs do Banco Santos, a perda será proporcional ao percentual aplicado pelo fundo nesse ativo", diz.

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