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Folhainvest 13º Salário e Previdência
29/11/2004

Plano perde atrativo com novo IR e taxas altas

SANDRA BALBI
Da reportagem local

A partir do ano que vem, o VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres) - carro-chefe do mercado de previdência complementar- deve perder competitividade diante dos demais produtos financeiros. Com a nova tributação dos fundos de investimento e planos de previdência, as pesadas taxas cobradas no VGBL vão expor a diferença de rentabilidade entre esses planos e os FIFs (Fundos de Investimento Financeiro).

"Até o quarto ano da aplicação, o investidor terá acumulado menos num desses produtos do que em um fundo de investimento comum ou até na poupança", diz Valter Hime, sócio da VM & Associados, consultoria especializada em benefícios e previdência.

Isso porque a partir de janeiro os FIFs (Fundos de Investimento Financeiro) cobrarão o IR sobre os ganhos de capital semestralmente, e não uma vez por mês, como ocorre hoje. Sem o chamado "come-cotas" mensal, os fundos acabarão acumulando mais ao longo do tempo. Além disso, a partir do quinto ano da aplicação eles terão alíquota de IR de 15% - e não 20% como é hoje.

Já os VGBLs terão uma tributação regressiva: quanto mais tempo o investidor mantiver a aplicação, menor será o IR na saída do plano (leia quadro). A poupança, por outro lado, não é tributada.

Analistas do setor dizem que a partir do próximo ano, com a nova tributação, os investidores deverão pensar bem antes de aplicar num VGBL. Isso porque será possível optar entre produtos com a nova tributação, que serão criados para aplicações de longo prazo, e os atuais. "Com as altas taxas cobradas no VGBL e a nova tributação que favorecem os fundos de investimento eu não aplicaria num VGBL", diz Hime.

A VM & Associados demonstra que só nas aplicações por 10 anos, quando o IR cai para 10% sobre o valor do resgate, o VGBL terá vantagem em relação aos fundos de investimento (leia quadro).

Simulação

Numa simulação feita para a Folha, a consultoria comparou o valor do resgate a que o investidor teria direito num PGBL, num VGBL e num FIF no curto, médio e longo prazos. A simulação considerou apenas um aporte de R$ 1.000, para ver o impacto da nova tributação, pois o cálculo do IR será feito sobre cada depósito.

O estudo baseou-se numa taxa de juro anual de 10%, uma taxa de carregamento de 3% que incide sobre os aportes feitos no VGBL e no PGBL e uma taxa de saída de 0,38% (CPMF) nesses dois planos. A taxa de administração financeira, de 1% ao ano sobre o patrimônio, inferior às taxas normalmente cobradas pelas seguradoras ligadas a bancos, foi a mesma para os três produtos.

FRASES
"Até o quarto ano da aplicação, o investidor terá acumulado menos num desses produtos do que em um fundo de investimento comum ou até na poupança. Com essas taxas e a nova tributação eu não aplicaria num VGBL"
VALTER HIME
sócio da VM & Associados
Para Sidney Famelli, gerente de Previdência Privada da Real Seguros, os VGBLs perderão competitividade frente aos FIFs, em 2005, nas aplicações de curto prazo e para valores baixos. A Real Seguros, por exemplo, cobra taxas decrescentes de carregamento, de acordo com o valor aplicado e o patrimônio acumulado.

Segundo Famelli, aplicações acima de R$ 5.000, por exemplo, por prazos superiores a cinco anos, serão mais vantajosas em planos de previdência do que num FIF.

As novas regras, ao estimularem a poupança de longo prazo, vão delimitar os campos entre a previdência e os fundos comuns. "Hoje, as pessoas confundem os dois produtos e 30% dos nossos clientes sacam os recursos da previdência após dois anos de prazo", diz ele.

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