30/07/2004
Especial Atenas-2004: Homens em Jogo
DÉBORA YURI
Oliver Morin - 28.set.00/AFP |
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A jornada começa numa sexta-feira 13 de agosto, mas ninguém espera mau agouro. Pelo contrário. De quatro em quatro anos, durante duas semanas, o esporte celebra sua festa mais diversificada, descobre nomes pouco conhecidos e vira o centro das atenções. É quando um ippon, uma cortada ou uma corrida de 100 m se tornam quase tão importante quanto um gol em Copa do Mundo.
A 28ª Olimpíada da era moderna acontece de 13 a 29 de agosto, em Atenas, na Grécia. O Brasil levará seu recorde de atletas na história dos Jogos Olímpicos: terá 245 competidores, 40 a mais do que em Sydney-2000 e 20 a mais do que em Atlanta-1996. E as mulheres por muito pouco não superaram os homens. Serão 123 contra 122, o maior contingente de brasileiras já registrado.
Neste ano, a delegação brasileira terá que apagar a péssima impressão deixada nos últimos Jogos. Na Austrália, o Brasil fez sua primeira campanha sem medalha de ouro desde Montreal-1976. Como a delegação voltou para casa sem ouvir o hino nacional, o país ocupou a modesta 52ª posição no quadro de medalhas, a pior colocação desde Berlim-1936.
A melhor participação aconteceu em Atlanta-1996, com 15 medalhas, três delas de ouro. Em Atenas, a expectativa é que o Brasil finalmente se torne o melhor país sul-americano da história olímpica, deixando a Argentina para trás.
A ausência da seleção masculina de futebol, que não se classificou para os Jogos, será suprida pelo time de vôlei masculino comandado pelo técnico Bernardinho, grande favorito à medalha de ouro. O vôlei, aliás, promete mais: a seleção feminina também tem chances de levar o ouro, assim como as duplas da praia.
No hall de favoritos estão ainda a ginasta Daiane dos Santos e o iatista Robert Scheidt. A equipe de judô, o saltador Jadel Gregório, o cavaleiro Rodrigo Pessoa, os velejadores Torben Grael/Marcelo Ferreira e as equipes femininas de futebol e basquete brigarão por medalhas.