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Especial Atenas-2004
30/07/2004

Hipismo: Cavalo de batalha

O esporte estreou definitivamente nos Jogos em Estocolmo-1912; o Brasil tem 2 medalhas

por FERNANDO EICHENBERG

Wolfgang Kluge - 5.mai.02/AFP
Rodrigo Pessoa
idade 31
altura 1,77 m
peso 60 kg
Desde a disputa de sua primeira competição hípica, na Inglaterra, em 1981, aos oito anos, montado num pônei, o cavaleiro Rodrigo Pessoa acumulou dezenas de títulos internacionais. Tricampeão do mundo (1998/1999/2000), 31 anos, Rodrigo é um digno herdeiro das façanhas do pai, o também laureado hipista Nélson Pessoa. No entanto, na estante de sua casa, em Bruxelas, Bélgica, ainda há espaço para um troféu especial: a medalha de ouro olímpica da competição individual de saltos.

Em 2000, nos Jogos Olímpicos de Sydney, Rodrigo Pessoa tinha as melhores chances de conquistar o prêmio cobiçado. Mas, surpreendentemente, no momento decisivo da prova, sua fiel montaria, o cavalo Balbouet Du Rouet, refugou o salto três vezes, provocando sua desclassificação.

Rodrigo se diz recuperado da traumática experiência e espera afugentar definitivamente todos os fantasmas de Sydney, novamente com a parceria de Balbouet. "Você não pode viver triturando as coisas do passado. Vamos ver o que a competição nos reserva", disse, por telefone, de Bruxelas, num dos raros momentos de descanso familiar.

Habituado a competir no circuito internacional hípico, Rodrigo confessa que estar numa Olimpíada é um sentimento bastante especial. "É algo que acontece somente a cada quatro anos, você está representando seu país numa competição importante. Todo mundo fica um pouco nervoso, ansioso", explica.

Diante da singularidade do acontecimento, a pressão também é maior, mas o atleta brasileiro revela, por enquanto, ainda estar tranqüilo e confiar na recuperação de Balbouet, seu companheiro há seis anos: "Meu cavalo está numa forma muito boa e podemos fazer uma ótima apresentação".

As constantes viagens impostas a um cavaleiro de alto nível impedem uma presença mais permanente em casa. O acaso, no entanto, facilitou a vida para Rodrigo, que se apaixonou pela amazona americana Keri Potter, com quem se casou em junho de 2001.

Com freqüência, o casal, que espera o primeiro bebê (uma menina) para os próximos dias, viaja junto para competir nos mesmos torneios. No pouco de tempo de lazer que sobra, Rodrigo Pessoa aprecia o convívio familiar e com os amigos, ir ao cinema ou jogar golfe.

Nascido em Paris, Rodrigo nunca morou no Brasil. "Fico doente de saudade de ficar longe aqui de casa (em Bruxelas). Em relação ao Brasil, a sensação não é a mesma, mas sinto falta dos amigos, da família e do contato com o povo brasileiro."

Quando vem ao país, invariavelmente desembarca na casa de amigos em Angra dos Reis, local especialmente apreciado para "recuperar as energias e fazer planos". "Não necessito de muita coisa para carregar as baterias, mas certamente esses dias que passo em Angra me ajudam muito", conta.

Dizendo-se feliz e realizado, Rodrigo Pessoa conta que não gostaria de mudar nada em sua vida. Seu objetivo no horizonte próximo está bem definido: buscar uma medalha dourada para enfeitar o berço de sua filha.

jogo rápido

dieta
Não sou um grande comilão, mas curto um bom churrasco e arroz e feijão.

amuleto
Uso fita do Bonfim e tenho na corrente algumas medalhas de Agnus Dei, são Jorge e outras, que não tiro nunca. É psicológico, mas não fico tranqüilo sem elas.

um medo
Montanha-russa.

futuro
Tentar continuar no mesmo caminho, pois até agora tudo foi bom para mim. E tentar agora, com a chegada de uma criança, dar o melhor possível e ser um bom pai.

sonho
Continuar com saúde e alegria.

ídolo
Ayrton Senna.

pior momento
Sydney-2000.

melhor momento
Ainda está por vir.

uma fraqueza
Não sei qual delas escolher.

um salto
O de Atenas, para ganhar a medalha de ouro.

um tropeço
Ao subir as escadas do Palácio do Planalto e cair de bunda (risos).

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