25/10/2004
No bolso: Falha na orientação gera mal-entendido
Free lance para a
Folha
Cliente perde oportunidade para isenção
Rogerio Cassimiro/Folha Imagem |
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Leandro Blasques diz que faltou informação ao investir |
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O veterinário Leandro Blasques, 26, correntista do Banco ABN Amro Real, foi uma das vítimas das informações desencontradas neste momento de transição. Com R$ 900 na conta corrente disponíveis para aplicação, Blasques procurou sua gerente na agência do Brooklin, zona oeste de São Paulo, no dia 8 de outubro, para saber como poderia abrir uma conta-investimento.
Sua intenção era somar a quantia citada aos R$ 10 mil que tinha aplicado num fundo DI, mas sem pagar CPMF nas próximas movimentações. Segundo Blasques, a funcionária explicou que, para vincular seu novo investimento à conta-investimento, ele teria duas possibilidades: aplicar recursos novos no total de R$ 3.000 ou resgatar de seu investimento anterior o suficiente para completar os R$ 3.000 e passá-los para a conta-investimento.
O cliente questionou o fato de o aporte mínimo para aquele fundo ser de R$ 100, mas recebeu como resposta que se tratava de outro tipo de operação.
Como não tinha mais do que R$ 900 para investir e achou que não valia a pena resgatar parte dos investimentos antigos (para não pagar duplamente a CPMF), o veterinário acabou optando por aplicar a partir da conta corrente mesmo, nos moldes antigos.
Para Reginaldo Carvalho, responsável por produtos de investimento do banco, deve ter havido um mal-entendido. "Nosso sistema prevê que todo novo aporte seja feito automaticamente via conta-investimento", afirma o executivo.
Como o banco tem a política de isentar de CPMF todo investimento inicial acima de R$ 10 mil ou adicional de R$ 3.000 que ficar mais de 120 dias aplicado, Carvalho acredita que foi esse o foco da confusão no momento da aplicação.
(JA)