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25/10/2004

Migração: Investidores perdem em "fundos micados"

Da reportagem local

Analistas recomendam mudança imediata a quem tem aplicações que rendem pouco ou pagam taxas muito elevadas

A orientação geral dos analistas de esperar até o ano que vem para realocar suas aplicações não exclui mudanças pontuais. Se você está em um fundo "micado" -que registra rendimentos abaixo da média da categoria ou cobra taxas de administração muito elevadas-, vale a pena migrar já, mesmo pagando a CPMF exigida para resgatar aplicações feitas até o dia 30 de setembro.

Um levantamento feito pelo site Fortuna com 40 fundos DI que reúnem 1,127 milhão de cotistas mostra que a grande maioria deles -926.104 pessoas- tem aplicações em fundos que cobram taxas entre 2,5% e 4,5% ao ano.

Esses investidores tiveram um rendimento de 9% entre janeiro e 14 de outubro, quando poderiam ganhar quase 12% se estivessem pagando uma taxa de administração menor, de até 1,5% ao ano. "Eles são fortes candidatos a mudar de aplicação e devem considerar que, mesmo pagando a CPMF agora, terão a vantagem de poder movimentar livremente o dinheiro daqui para a frente", observa o analista Marcelo D'Agosto, diretor do site Fortuna.



No entanto, o volume de resgates nos fundos que têm as taxas mais altas é baixo: na primeira quinzena de outubro, o volume de saques foi inferior a R$ 100 milhões (veja quadro acima).

Segundo Luiz Eduardo Mello, diretor de investimentos da Fator Corretora, a CPMF paga agora para resgatar aplicações antigas pode ser recuperada com o rendimento de quatro meses em um fundo com taxa menos salgada e rentabilidade maior.

"Mas é preciso olhar qual o risco do outro produto, se é equivalente ao da aplicação atual, e comparar o rendimento mensal dos últimos 12 meses", lembra Reginaldo Carvalho, responsável pela conta-investimento do ABN Amro Real.

Por isso, analistas recomendam a quem está em um fundo DI trocá-lo por outro da mesma categoria, inclusive aproveitando o momento de elevação da taxa de juros. "A partir do ano que vem, com a mudança de cenário, o investidor deverá analisar todo seu portfólio e ver se é o caso de realocar suas aplicações", diz Mello.

Será o momento, segundo ele, de decidir se quer aplicar em um fundo de curto ou de longo prazo, se quer ir para CDBs ou comprar títulos do governo federal no Tesouro Direto e analisar se o grau de risco que está assumindo é compatível com o retorno que pretende obter com a aplicação.

Carência

Um fator inibidor da migração de fundos perdedores, segundo D'Agosto, é a carência dada pela MP 206, uma das duas medidas que estabeleceram a nova tributação das aplicações financeiras.

No futuro, ao resgatar os recursos que estavam aplicados até o dia 30 de setembro, os investidores poderão computar os últimos seis meses deste ano para calcular a alíquota decrescente do Imposto de Renda que incidirá sobre os ganhos de capital. "Se migrar agora, o investidor terá de abrir mão dessa carência", alerta D'Agosto.

Entretanto, se o investidor tiver um horizonte de longo prazo para manter o dinheiro aplicado, valerá a pena migrar agora e buscar uma aplicação mais rentável, mesmo perdendo essa carência, segundo ele. Nesse caso, é preciso pedir o resgate da aplicação, pagar a CPMF e direcionar os recursos para a conta-investimento. A partir dela, o investidor poderá fazer a nova alocação do dinheiro.

Os analistas, entretanto, dizem que, uma vez feita a migração, o investidor não deve ficar saltando de galho em galho se houver oscilação no fundo que escolheu ou se ele não se mostrar tão rentável como parecia. "A conta-investimento não deve ser usada para migração de curto prazo se a aplicação não estiver rendendo como você espera", diz Adolfo Daniel, diretor comercial do Bram (Bradesco Asset Management).

Ele recomenda que o investidor defina um prazo para manter a aplicação, pois quando um gestor compra um ativo para o fundo ele também dá um prazo para obter o retorno. (SB)

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