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03/2004/2004

Em moeda: Dólar e ‘cupom’ derrubam fundos cambiais

Nos 15 meses iniciais do governo Lula, aplicação teve queda de 11,11%, mas analistas já vêem recuperação até o final do ano

SANDRA BALBI
da Folha de S. Paulo

Os fundos cambiais perderam o brilho com o recuo do dólar desde meados do ano passado e renderam menos do que a caderneta de poupança. Nos 15 primeiros meses do atual governo, os fundos cambiais acumularam uma variação de -11,11%, enquanto a poupança rendeu 13,84%.

Essa foi a categoria de fundos com pior desempenho no período. Os resultados acumulados entre janeiro de 2003 e março deste ano foram influenciados pela cotação média do dólar (taxa Ptax), que caiu 17,43%, e pela redução do chamado “cupom cambial”. O “cupom” é a taxa de juros paga pelo governo nos títulos públicos indexados ao dólar.

São esses papéis que recheiam as carteiras dos fundos cambiais e determinam seus rendimentos, pois os fundos não podem aplicar diretamente em dólar. O “cupom”, que chegou a 100% ao ano para operações de 30 dias em julho de 2002, no auge da crise eleitoral, está hoje em 1% ao ano.

Com a perda de rentabilidade dos títulos cambiais, apenas um dos dez fundos classificados pelo Labfin na faixa de aplicação mínima de até R$ 5.000 obteve retorno positivo nos 15 meses de governo Lula encerrados em março.

O BB Cambial Euro Progressivo rendeu no período 2,17% (16,3% do que pagou a caderneta de poupança). Segundo Nelson Rocha Augusto, presidente da BBDTV, distribuidora do Banco do Brasil, o fundo BB Cambial Euro Progressivo aplica sobretudo em títulos de empresas denominados em euro e com boa avaliação de risco.

Esses títulos acompanham a variação do euro em relação ao dólar e embutem taxa de juro, o “cupom” cambial. No entanto, apesar da valorização de 17,38% do euro em relação ao dólar nos 15 meses encerrados em março, fundos referenciados naquela moeda tiveram baixa performance.

Como a aplicação é feita em reais, e a moeda brasileira também valorizou-se em relação ao dólar no período, essa variação anulou o ganho que o investidor teria por ter aplicado em papéis que acompanham o euro. “Além disso, a taxa de juros embutida nos títulos em euro caiu muito, acompanhando a queda das taxas internacionais”, diz Augusto.

Ocasião

Para os analistas, os fundos cambiais visam proteger o investidor da variação cambial. Tentar obter ganho especulativo com câmbio é tarefa para especialistas, pois moeda é um ativo extremamente volátil e de alto risco.

“Os fundos cambiais são de ocasião, indicados em momentos de grande oscilação no câmbio, especialmente para quem tem dívidas em moeda estrangeira ou vai viajar ao exterior”, diz Marcos de Callis, diretor de Investimentos da HSBC Brain, a administradora de recursos do HSBC.

Os investidores, no entanto, começam a olhar para o médio prazo, antevendo uma evolução da atual taxa de câmbio. Em abril, os fundos cambiais tiveram entrada líquida de R$ 175 milhões até o dia 20, segundo Callis. “No segundo semestre, à medida que se aproxime 2005 e os juros americanos subam, o fluxo de recursos para países emergentes, como o Brasil, deverá encolher”, afirma.

Emanuel Pereira, diretor da Gap Asset Management, recomenda investimentos em câmbio como diversificação de portfólio para investidores de maior porte, com carteira superior a R$ 500 mil. “Nesse caso, se a pessoa tem despesas em dólar, vale a pena entrar num fundo cambial”, avalia.

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