28/06/2004
Planos coletivos custam menos
SANDRA BALBI
Da reportagem local
Um seguro de vida, dizem consultores financeiros, é como uma ponte sobre um rio. "Ele permite a travessia da juventude --quando você está em início de carreira e não tem patrimônio, mas responde pelo sustento da família --para a maturidade, quando os filhos não precisarão mais de amparo", diz o planejador financeiro Louis Frankenberg.
Para essa fase da vida ele recomenda fazer um seguro de vida coletivo --seja da empresa onde trabalha ou contratados individualmente por meio de entidades de categorias profissionais ou de clubes de seguros.
Em um clube de seguros, se você contratar aos 30 anos um seguro com indenização por morte no valor de R$ 50.000, mais coberturas por invalidez permanente por doença ou acidente, desembolsará entre R$ 11,14 e R$ 19,09 mensais no primeiro ano.
Os valores foram levantados em pesquisa feita por corretores com oito seguradoras. A simulação considera inflação zero e os reajustes por mudança de faixa etária a cada cinco anos (leia quadro).
Segundo os analistas, aos 30 anos a opção de formar uma poupança por meio de aplicações financeiras para garantir a sobrevivência da família na ausência do pai ou da mãe, pode não ser a solução. "Não dá tempo para acumular patrimônio na juventude", diz o consultor Mauro Halfeld.
Uma simulação feita pela seguradora Nationwide Marítima, a pedido da
Folha, mostra que para ter uma indenização por morte no valor de R$ 50.000, uma pessoa de 30 anos gastaria R$ 2.080,20 após 11 anos de aplicação no Vida Multiflex Individual, o clube de seguro da empresa.
Para acumular o mesmo capital na caderneta de poupança, essa pessoa teria de investir R$ 29.302,68 --ou R$ 221,99 mensais durante 11 anos. Em um fundo de investimento, o total a ser aplicado no período seria R$ 18.165,84 -- ou R$ 137,62 mensais.
"Mais importante do que preço, é ter certeza de que, ao morrer, a seguradora vai pagar a indenização no menor tempo possível à família e agir com profissionalismo", diz Elizabeth Bartolo, diretora técnica da Nationwide.
Segundo Bartolo, "na hora de vender, muitas seguradoras aceitam qualquer pessoa sem olhar o risco, mas na hora de pagar criam problemas".