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13/09/2004

Vida real - Na escolha da carreira, horário e ambiente de trabalho também devem ser levados em conta

ANDRÉ NICOLETTI
da Reportagem Local

Sérgio Zacchi/Folha Imagem
Dinamismo - A enfermeira Cássia Guerra, que é coordenadora administrativa do Hospital Sírio Libanês; em sua rotina, ela cuida do bom atendimento aos pacientes e também tem tarefas burocráticas
O mercado de trabalho, a pressão dos pais, a remuneração, a afinidade com determinada área do conhecimento e a vontade de poder ajudar as pessoas devem ser levados em consideração na hora de o vestibulando escolher a sua profissão. Mas aspectos aparentemente mais simples e cotidianos, como o ambiente e o horário de trabalho, a roupa que terá de usar e o público com o qual terá de lidar também devem ser pesquisados pelo estudante e levados em conta na hora de optar pelo curso.

Tudo isso faz parte de um estilo de vida que está relacionado com a profissão da pessoa. Segundo orientadores profissionais, os vestibulandos devem buscar informações para que não pautem a sua escolha por uma imagem idealizada desse estilo, mas por uma mais próxima do real.

"Toda profissão envolve um determinado horário de trabalho, pessoas com quem se discute, um jeito de comer, de se vestir, de pensar. Dependendo, você poderá viver no campo ou na cidade, terá "papo cabeça" ou fútil. Claro que durante a faculdade e os estágios a pessoa vai se adaptando. Mas, se quer viver na praia, claro que fica mais difícil se escolher administração de empresas", disse Liomar Quinto de Andrade, professor de orientação profissional do Instituto Sedes Sapientiae.

Mas não é olhando superficialmente a vida de um conhecido que o vestibulando deve escolher a sua carreira. "O jovem deve buscar dados mais próximos do real, deve ir além daquilo que percebe. A forma de se vestir, por exemplo, costuma causar um certo encanto. Um médico está sempre de roupa nova, porque o branco fica amarelado muito rápido, então ele tem de renovar o guarda-roupa constantemente. Mas a pessoa não sabe se o médico pula de um emprego para o outro, entra em casa, vê o filho 15 minutos e já tem de sair", disse a presidente da Abop (Associação Brasileira de Orientadores Profissionais), Delba Teixeira Barros.

Ela dá como exemplo a profissão de decorador, da qual formou-se uma imagem "fashion". "As pessoas vêem um decorador todo moderninho, com óculos "fashion", mas não imaginam que ele tem de visitar obras. Se ele for alérgico a tinta, está perdido."

Outro exemplo citado tanto por ela quanto pelo pedagogo e orientador profissional Silvio Bock é o dos profissionais de turismo. "Quem faz turismo imagina que vai ser turista, mas não pensa que estará trabalhando quando todo mundo está de folga e se divertindo", disse Bock.

Além de ter informações sobre esses detalhes cotidianos das profissões, segundo ele, é preciso fazer uma reflexão sobre os próprios desejos, o que pesquisar as carreiras também pode ajudar. "O vestuário, por exemplo, está ligado a estereótipos. Se a pessoa é encantada por terno, ou, por outro lado, odeia, o que isso pode representar? O terno pode ser um símbolo de poder, de status, ou de trabalho burocrático", afirmou.

A escolha do curso no momento do vestibular, entretanto, não deve ser encarada como uma camisa-de-força que determinará definitivamente o estilo de vida da pessoa. "Há aspectos que são determinados em cada carreira e outros que são mais flexíveis. A pessoa pode escolher medicina e ficar isolado em um laboratório, sem ver pacientes, ou ir trabalhar em um hospital ou em uma clínica. Mas há os limites de cada profissão. Se fizer administração, poderá até dirigir uma empresa no litoral, mas não terá o mesmo estilo de vida de um professor de vôlei de praia", disse Liomar Quinto de Andrade.

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