Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Guia das profissões
13/09/2004

Arquitetura - Conhecimento técnico e criatividade são as matérias-primas para a concepção de espaços

MAYRA STACHUK
da Reportagem Local

Sérgio Zacchi/Folha Imagem
Cabeça aberta - O arquiteto Samuel Kruchin com uma maquete, em seu escritório, em que projeta desde casas até hospitais e praças; de acordo com ele, a especialização é essencial, mas é importante que o profissional saiba fazer de tudo para não fechar as portas
Samuel Kruchin, 49, tem 24 anos de profissão e comanda um escritório com cinco arquitetos, um estagiário, um engenheiro e uma secretária. Ele e sua equipe tocam desde projetos pequenos, como lojas e casas, até empreendimentos de grande porte, como universidades, conjuntos residenciais, escolas, vilas e praças. Fazem também um trabalho diferenciado, que é o restauro de edificações.

"O mais importante para ganhar espaço no mercado com um escritório de arquitetura hoje é estar preparado para desenvolver qualquer projeto. Especializar-se é bom, é fundamental, mas não se pode fechar portas", diz.

De acordo com Kruchin, apesar de ele e de cada integrante de sua equipe terem uma especialização, todos são capazes de realizar qualquer projeto, seja uma escola, seja um hospital, seja uma parede de uma casa.

O ritmo de trabalho, segundo ele, é pesado. "O serviço é muito centrado no profissional. Tenho três períodos de trabalho. Um para o contato e o relacionamento com o cliente, outro para o acompanhamento das obras e um terceiro para o desenvolvimento dos projetos. É lógico que não dá para fazer tudo no horário comercial."

Apesar disso, na opinião de Kruchin, a profissão não tem remuneração justa. "Ninguém sabe que eu tenho de trabalhar às 4h da manhã em um projeto pois tenho prazo para entregá-lo e não deu para fazer durante o dia por causa das outras atribuições. Ninguém lembra que o cliente liga à meia-noite para discutir uma idéia e eu estou disponível. Mas, pior do que isso, mais triste, é que ainda não se sabe dar valor para as idéias. A matéria-prima do arquiteto é a idéia. Nossa função é criar, é conceber espaços."

Vindo de uma família de arquitetos -pai e tios exerciam a profissão-, Kruchin afirma que, além da referência familiar, o gosto pela arte e pela criação o atraíram para a arquitetura.

Graduado pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), ele, atualmente, além de comandar o escritório, é professor-adjunto do Departamento de Projetos da Faculdade de Arquitetura da PUC de Campinas (SP), onde criou e coordenou o curso de especialização em restauro e preservação de centros históricos. Kruchin também coordena o curso de especialização em patrimônio arquitetônico da Unicsul (Universidade Cruzeiro do Sul).

"É uma pena dizer isso, mas acho que hoje as escolas de arquitetura estão muito ruins. Lançam no mercado profissionais despreparados, que têm de bater a cabeça para aprender na prática o que faltou na faculdade", diz Kruchin.

"Mas digo isso como um alerta aos estudantes. Não é para desistirem da profissão, mas para se prepararem, para estudarem bastante. Não adianta somente gostar de desenhar. Desenvolver espaços envolve questões técnicas e espaciais, e é preciso ter muito conhecimento."

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).