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Picasso 15/11/1999

Exposição vai muito além da guerra

MARCELO COELHO
do Conselho Editorial

O título desta mostra ("Anos de Guerra") e os dois quadros que tiveram mais destaque na sua divulgação ("Mulher que Chora", de 1937, e "Gato Pegando um Passarinho", de 1939), talvez induzam o público a esperar apenas imagens dramáticas e variações do famoso "Guernica".

Mas a exposição, como o próprio Picasso, não se contém dentro do previsível e do rotulável. Há muito mais o que ver, aqui, do que se espera.

Não é sempre que podemos encontrar tantos desenhos e gravuras de Picasso. Em geral, prestamos atenção apenas aos quadros; mas numa simples folha de papel a inventividade, o vigor, a segurança no que parece puro improviso surgem de forma extraordinária, euforizante.

Falei de inventividade e improviso. Só que vendo os vários desenhos lado a lado, as séries de gravuras retratando Dora Maar, os esboços para os quadros, nota-se também a extrema capacidade de trabalho e de pesquisa de Picasso.

Há um "Crânio de Carneiro" muito clássico em preto-e-branco, de 1939. Em 1940, duas "Cabeças de Mulher" reorganizam, traduzem o tema do carneiro, como se o pintor tivesse vivido dois séculos no intervalo de um ano. Só a aproximação entre essas três obras valeria por uma lição de técnica, de inteligência visual.

"A Cadeira", nanquim de 1942, é uma das obras que mais me impressionaram. Um objeto sem graça parece receber de Picasso uma energia enlouquecida, ficando a ponto de explodir.

Explodir? Esse é o termo. Naqueles anos de guerra, é como se Picasso jogasse sobre cada modelo, cada assunto, bombas poderosíssimas. Mas bombas capazes de criar vida. Talvez nisso, e não nas metáforas mais óbvias do "Gato Pegando um Passarinho", esteja a real resposta de Picasso a sua época.

Exposição: Picasso - Anos de Guerra (1937 - 1945)
Onde: Masp (av. Paulista, 1.578, tel. 251-5644)
Quando: hoje, das 10h às 20h. Entrada até as 19h
Quanto: entrada franca
Patrocínio: Telefônica

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