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03/10/2004

Educação: Trabalho superespecializado leva setor a dar "lição de crescimento"

Demanda por conhecimento específico incentiva mercado de educadores no ensino superior

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
Free-lance para a Folha

Fernando Moraes/Folha Imagem
Alunos do ensino fundamental assistem aula em colégio de SP
Os profissionais da área de educação não terão do que reclamar na próxima década, se depender das projeções do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, ligado ao MEC) e dos prognósticos dos especialistas. A expansão do ensino médio e a procura crescente por pós-graduação são os dois principais propulsores do segmento.

A competição por uma vaga no mercado de trabalho colocou fermento no nicho da educação empresarial e das especializações --obrigando o setor a ampliar seu leque de atuação.

Pesquisa da CM, consultoria especializada em planejamento e gestão universitária, com 86 instituições (na maioria particulares) de 12 Estados, mostrou que praticamente 100% delas pretendem abrir novos cursos nos próximos anos. E só 37,21% planejam fazê-lo em áreas tradicionais.

"Existem escolas que têm coragem de buscar a inovação e estão criando cursos de curta duração voltados para áreas emergentes", afirma Carlos Antonio Monteiro, presidente da CM. "É um mercado muito promissor", avalia.

Os novos cursos englobam de tecnologia na área de saúde a gestão ambiental. "O mercado está precisando de profissionais para as áreas novas", diz Monteiro.

O Senac é um exemplo. "Estamos sempre pesquisando os nichos do mercado", diz Eduardo Ehlers, diretor de extensão, que destaca as áreas de gestão cultural, turismo, estética e bem-estar.

Ensino superior

Para Roberto Leher, diretor da regional Rio de Janeiro do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), professor da UFRJ e pesquisador do laboratório de políticas públicas da UERJ, outro fator que vai ajudar a impulsionar a área é a pressão por mais vagas --e, conseqüentemente, mais professores-- no ensino superior.

De acordo com ele, o número de jovens universitários no Brasil ainda é muito pequeno. "Deverá haver uma grande pressão por expansão, considerando que o volume de alunos que saem do ensino médio vem crescendo."

A cada ano, 2,2 milhões de estudantes concluem o antigo segundo grau. Por outro lado, de cada 100 jovens brasileiros de 18 a 24 anos, só 9 estão matriculados no ensino superior. É o menor desempenho da América do Sul, cuja média é de 35 em cada 100, segundo o Inep. A meta do MEC (Ministério da Educação) é atingir 30% até 2011.

E-learning

O cenário vai gerar postos para docentes em universidades, educação corporativa e e-learning (ensino a distância). "As escolas presenciais não vão conseguir, sozinhas, suprir a demanda de vagas que está por vir. A educação a distância é a saída", diz Fredric Litto, presidente da Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância) e coordenador científico da Escola do Futuro, da USP.

Segundo ele, cerca de 3 milhões de pessoas usam hoje o ensino a distância --1,9 milhão só nas empresas. "E, na próxima década, as instituições mais importantes do país vão precisar mesclar as aulas presenciais com o e-learning e oferecer as duas opções aos alunos. Eles é que vão escolher."

Fundamental

Mas há oportunidades em outros níveis também. De acordo com o Inep, existe um déficit de 254 mil professores com formação superior e licenciatura para atender à demanda das turmas de ensino médio e de 5ª a 8ª série do nível fundamental no país.

Até 2006, a estimativa do MEC é que sejam abertas 125 mil vagas somente no ensino médio. De olho nas perspectivas, o engenheiro Luis Fernando Pereira, 39, cursa mestrado em administração de empresas para virar professor. "É uma carreira que respeita a experiência, há pessoas ativas com mais de 80 anos, diferentemente do que acontece em outras profissões", afirma.

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