Folha Online 
Equilíbrio

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Saúde da mulher
25/04/2004

Auto-exame na berlinda

MARJORIE UMEDA
da Revista da Folha

Até algumas semanas atrás podia ser considerada insana, ou no mínimo relapsa, a mulher que não fazia o auto-exame nas mamas uma vez por mês. Reportagens e campanhas freqüentes tentavam conscientizar as brasileiras da importância da atitude na prevenção do câncer de mama. Mas as coisas já não são bem assim.

O auto-exame enfrenta agora a mesma contestação vivida pela terapia de reposição hormonal em 2002, depois que uma pesquisa do departamento de saúde dos EUA apontou que ela não trazia todos os benefícios que prometia e ainda acarretava alguns prejuízos.

O algoz do auto-exame foi o novo consenso da Sociedade Brasileira de Mastologia, baseado em pesquisas internacionais que provaram que a aplicação da medida, supostamente preventiva, não reduziu as mortes por câncer de mama. A partir de agora, a prevenção está focada principalmente na mamografia, que deve ser feita anualmente a partir dos 40 anos de idade, se a mulher não tiver histórico familiar de câncer.

"O nódulo percebido em um auto-exame pode ser diagnosticado antes pela mamografia", afirma Luis Henrique Gebrim, chefe da disciplina de mastologia da Universidade Federal de São Paulo. "O auto-exame continua sendo válido para a mulher se cuidar e conhecer o próprio corpo. Como a mamografia ainda não é acessível a todas as mulheres, elas devem usar o auto-exame para insistir na mamografia com seu médico. Se ela notar um nódulo deve cobrar agilidade nas consultas e nos exames", diz.

Alguns médicos consideram que, embora exaustivamente repetidas, as instruções do auto-exame também não são tão fáceis de serem aplicadas. "É difícil ensinar. Se a mulher tem uma mama normal, como ensino a ela o que é uma não normal? O auto-exame continua valendo para perceber qualquer mudança, mas a prevenção deve ser feita com consultas e exames", afirma Eduardo Vieira da Motta, ginecologista do Hospital das Clínicas e do Hospital Israelita Albert Einstein.

O ginecologista Abner Lobão, da Unifesp, acha que o auto-exame continua válido. "Claro que é muito melhor se o nódulo for detectado com 0,5 cm, por uma mamografia, do que com 2 cm, pela palpação da paciente. Mas com 2 cm também é possível tratar com segurança", explica o médico, que orienta as pacientes a continuar checando a mama.

Em mulheres mais jovens, até a mamografia pode falhar na hora de identificar os nódulos. "Até os 40 anos, a mulher apresenta uma mama mais densa e é difícil a penetração dos raios-X. Mesmo nas mulheres de 40 a 50 anos, a mamografia pode não identificar nódulos em 30% dos casos. Por isso, se o nódulo está na mama, mas não aparece na mamografia, é preciso fazer um exame invasivo para ver se é um nódulo benigno ou maligno", afirma Gebrim.

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).