15/09/2005
Partido Social Democrata (SPD)
da Folha Online
O Partido Social Democrata (SPD), fundado no final do século 19, era originalmente marxista. Nos anos da República de Weimar (1919-33), transformou-se no maior partido alemão, antes de ser forçado ao exílio, por causa de perseguições durante o período nazista.
No pós-guerra, a política o SPD se tornou mais moderado e, em 1959, o partido se desvincula de seu passado marxista. O SPD deixa de lado sua oposição à participação da Alemanha na Comunidade Européia e na Otan (Organização do Tratado do Atlântico norte) e aceita a estratégia de "economia de mercado social" alemã no pós-guerra.
Com o partido reposicionado como centro-esquerda, surgem líderes como o ex-chanceler alemão e prêmio Nobel da Paz Willy Brandt (1913-1992) e Helmut Schmidt, chanceler do país de 1974 a 1982, que obtêm amplo apoio. O partido esteve no poder entre 1966 e 1969, como membro de uma grande coalizão com o CDU/CSU (União Democrata Cistã e União Social Cristã, respectivamente). De 1969 a 1982, tornou-se o principal líder do governo, e alia-se ao Partido Democrata Liberal (FPD) que é um partido de menor porte e segue uma tendência mais liberal. O partido também faz coalizões com o CDU/CSU ou com o SPD.
Em seguida, o SPD entrou em um período de 16 anos de oposição, durante o período em que o ex-chanceler ex-chanceler (ex-premiê) Helmut Kohl (1982-98), da União Democrática Cristã (CDU), esteve no poder. Em 1998, o SPD conseguiu uma vitória expressiva e Gerhard Schröder assumiu o poder, com o apoio do Partido Verde. A coalizão reelegeu Schröder em 2002, em uma vitória apertada.
Turcos
Nas eleições de 2005, Schröder disputa mais uma vez a Chancelaria. Sua principal rival é a conservadora Angela Merkel, da CDU.
Uma das apostas de Schröder é o voto da comunidade turca, que possui o maior número de imigrantes da Alemanha. Os turco-alemães, em sua maioria, não devem votar nos conservadores por eles serem contrários a entrada da Turquia na União Européia e dificultarem a naturalização de imigrantes.
No entanto, os próprios membros da comunidade não consideram Schröder a escolha perfeita, porque consideram que a política do partido do atual premiê sem suficiente direcionamento para a comunidade turca.
São 2,5 milhões de turcos que vivem na Alemanha, e 600 mil deles têm direito a votar.
Fontes: Deutsche Welle e governo da Alemanha
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