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30/03/2005

Novos mercados: Países árabes se destacam no mapa

Nos últimos 12 meses, exportações brasileiras para regiões islâmicas cresceram 43%

RENATA DE GÁSPARI VALDEJÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a alguns países árabes, no final de 2003, e as posteriores visitas de delegações comerciais árabes ao Brasil parecem já dar resultados. A receita das vendas para os países árabes cresceu 10% em fevereiro, 16% no acumulado do ano e 43% nos últimos 12 meses.

O maior responsável pela alta é a Arábia Saudita, que comprou 62% a mais em 2004 em relação ao ano anterior. E há potencial para crescer, segundo o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), Michel Alaby. "Ainda há uma concentração muito grande da pauta."

De acordo com ele, o Brasil exporta, principalmente, frango, carne de boi, minério de ferro, alumínio, madeira, soja, café, açúcar e autopeças para os 22 países da Liga Árabe -Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Marrocos, Argélia, Kuait e Síria figuram entre os principais compradores.

"Não exploramos os pontos positivos do Brasil. O café, por exemplo, é vendido cru, em grão. Só agora começamos a exportar com uma marca", diz ele. Os produtos vinculados à Amazônia, como o guaraná, têm apelo mais forte. "A principal regra para exportar é produzir aquilo que o mercado quer comprar", afirma.

Uma das vantagens de exportar para a região, conta Alaby, é que não existem regulamentações tão protecionistas quanto nos Estados Unidos e na Europa. "As tarifas alfandegárias são baixas, entre 4% e 30%; dois ou três países apenas têm Código de Defesa do Consumidor", diz.

Os produtos, no entanto, precisam conter etiquetas em árabe e inglês ou francês. Para os produtos de origem animal, exceto peixes, é exigido o certificado de abate "halal", de acordo com o ritual islâmico, fornecido por representante da comunidade islâmica.

As autoridades aduaneiras da Arábia Saudita também exigem que os exportadores de frango apresentem, ao lado dos documentos de praxe, um certificado de análise laboratorial de amostras. Todos os documentos devem ser certificados pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira em São Paulo.

Estilo brasileiro

Na prática, Germano Quaglio, da Oficina Têxtil, diz não encontrar dificuldades em exportar sua coleção de "resort wear" (moda praia) e moda feminina para os Emirados Árabes Unidos. Sua confecção conta com artesãos que pintam o tecido à mão, para depois transformá-lo em peças como biquínis, cangas, calças, saias e túnicas, entre outras. Segundo Quaglio, a coleção é "bem brasileira". Ele conta que o cliente, libanês que já morou no Brasil e atualmente vive nos Emirados, conheceu o seu produto pelo site da empresa na internet.

Thai Quang Nghia, proprietário da marca Yepp, deu início às suas vendas para Croácia, Suriname e Dinamarca há um ano, depois de participar de uma feira. "No terceiro mês de existência da marca, já comecei a exportar", conta ele, idealizador de uma linha de acessórios inspirados no Vietnã.

Nghia terceirizou toda a operação a uma "trading company", a SAB, de modo que, para ele, o processo "é muito fácil". E o investimento necessário, garante, não é grande. A SAB atua em qualquer parte do processo, oferecendo consultoria e tomando conta dos procedimentos de envio do produto. "Trabalhamos cada caso de forma diferente", afirma João Batista de Paula, presidente da empresa.

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