30/03/2005
Cultura oculta oportunidades
COLABORAÇÃO PARA A
FOLHA
Eduardo Knapp/Folha Imagem |
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Funcionários trabalham na confecção de sandálias da Yepp, que terceirizou a exportação e hoje vende para Suriname e Croácia |
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O crescimento da China no cenário mundial já chama a atenção das pequenas e médias empresas no Brasil. "Elas começam a investir em prospecção", diz Carlos Augusto Meinberg, vice-presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China (CCIBC).
A pauta de exportação para a China ainda é muito limitada. O forte é a soja e o minério de ferro. Alguns produtos não têm aceitação por causa da diferença cultural, como as roupas brasileiras. A CCIBC ajuda empresários a estudar as chances de seus produtos.
Uma diferença cultural, porém, pode virar oportunidade. O leite e seus derivados não constam dos hábitos alimentares chineses. Isso não impediu a fábrica de laticínios Lacto (SP e PR) de abrir seu espaço. "Levei amostras a uma feira na China e houve muito interesse", conta Elizabeth da Rocha, diretora comercial. "O governo pretende introduzir o leite longa-vida nas escolas", comemora.