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20/02/2005

Ciências sociais aplicadas: Sem nota máxima, área tem poucos programas

Colaboração para a Folha

Nenhum 7 na última avaliação da Capes. Esse é o panorama da área de ciências sociais aplicadas, a única entre as nove áreas do conhecimento que não alcançou nota máxima em programas que reúnem ao mesmo tempo mestrado e doutorado em São Paulo. Os cursos de turismo e comunicação não ultrapassaram a nota 4.

Nos programas que só oferecem mestrado, apenas três obtiveram nota máxima (5): administração de empresas, do Mackenzie, desenvolvimento econômico, da Unicamp, e modelagem matemática em finanças, da USP.

O representante de ciências sociais aplicadas no Conselho Técnico-Científico da Capes, Clélio Campolina Diniz, explica que issoocorre porque a área é relativamente nova e está em consolidação. "Deve haver uma melhora na qualidade dos cursos de pós-graduação nos próximos anos."

Em arquitetura, há mais hipóteses para explicar a distância da nota máxima. A falta de publicações especializadas para a inserção de artigos e a pouca orientação prática nas escolas são algumas delas. De acordo com o vicepresidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Gilberto Belleza, o principal fator para o desempenho da pós está ligado ao aumento de 73% no número de cursos de graduação nos últimos seis anos. "Aqueles com pouca base na graduação, que não conse guem uma vaga no mercado, vão para mestrados e doutorados."

Nesse cenário, vale a pena apostar em mestrado ou doutorado na área de ciências sociais aplicadas? Clélio Campolina Diniz, da Capes, é enfático: "Sem dúvida é preferível investir em uma pós, pois é um período de amadurecimento e reflexão importante para a carreira. Há necessidade de profis sionais qualificados".

Docência

O aumento no número de cursos de graduação e o enquadramento de instituições à LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), na qual um terço do corpo docente deve ter titulação, abriram campo de trabalho sobretudo para mestres.

Em direito, parte da demanda é creditada ao movimento pela qualidade do ensino jurídico.

Apesar de não ter nenhuma política com relação à pós-graduação, a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) se uniu ao MEC (Ministério da Educação) para estabelecer novas diretrizes no ensino jurídico. Também mantém o Exame de Ordem e o Selo OAB Recomenda (concedido aos melhores cursos de graduação do país).

O presidente da Comissão Especial de Ensino Jurídico da OAB-SP, Sebastião Tojal, crê que essas medidas tendem a estimular a valorização do pós-graduado. "As universidades terão de contar com um quadro docente titulado para aumentar a qualidade dos cursos", afirma.

Mestrado e doutorado abrem mais portas além da docência. "Cerca de 70% dos mestres em economia conquistam uma vaga em órgãos públicos e entidades como Fiesp e CNI", calcula o secretário-executivo da Anpec (Associação Nacional dos Centros de Pós-Graduação em Economia), Mauro Borges Lemos. E não só porque o título vale pontos em concursos públicos. Segundo Lemos, as provas de seleção, como as exigidas para ingresso no Banco Central, requerem conhecimentos que vão além dos adquiri dos na graduação.

Novos ares

Para o advogado Júlio César Bueno, o mestrado foi uma forma de mudar de área de atuação. Graduado em 1991, foi contratado como advogado-associado do escritório Pinheiro Neto Advogados para trabalhar em direito societário. Mas desejava migrar para direito processual civil.

Iniciou o mestrado na USP em 1992. "Nem cogitei uma especialização porque queria uma imersão no tema", conta. O título e alguma experiência impulsionaram o advogado para a área desejada. Acaba de concluir o doutorado, sua tese será publicada e tornou-se um dos sócios do escritório.

"Um dos caminhos para a diferenciação no mercado de trabalho é a publicação da tese", diz o presidente da consultoria Lens & Minarelli, José Augusto Minarelli.

Ele enumera cinco passos para o sucesso: a escolha de uma boa faculdade, de excelentes programas de pós e de temas relevantes para estudo, a pesquisa em profundidade e a aprovação com louvor. "A tendência é a tese virar livro e o profissional, palestrante."

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