Folha Online 
Educação

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Guia de Pós-Graduação
20/02/2005

Engenharia: Mestrado na área deve ganhar valor de segundo registro

Colaboração para a Folha

Pós-graduação em engenharia deve ser, a partir deste ano, mais que titulação. Projeto de resolução do Confea (Conselho Nacional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) amplia o campo deatuação dos engenheiros e dá à especialização o poder de conceder novo registro profissional.

"O médico pode se especializar em outras áreas e exercer duas ou mais especialidades. O engenheiro mecânico com pós em metalurgia poderia atuar em ambas as áreas", compara o presidente do Confea, Wilson Lang. Segundo o órgão, a resolução "deve ser discutida e aprovada antes de 2006".

Se a proposta for aprovada, tanto mestrados e doutorados credenciados pela Capes quanto especializações (pós-graduação lato sensu) que atendam às exigências do Conselho Estadual de Educação vão poder ser usados para obter uma nova especialidade.

Hoje, profissionais pós-graduados já tem mais chances de recolocação no mercado de trabalho. "Se precisasse contratar um engenheiro para planejamento e projeto, escolheria alguém com mestrado na área. Apenas o campo de execução exige alguém com experiência", exemplifica Lang.

Osorio Ferrucci Jr, 50, engenheiro civil da construtora Camargo Corrêa, concorda com a importância da pós no mercado de trabalho, mas diz acreditar que a experiência profissional não deve ser desconsiderada. "Os muito qualificados, sem vivência no mercado de trabalho, se frustram porque não conseguem utilizar no dia-a-dia nem 5% do que aprenderam. A pós é melhor aproveitada quando realizada alguns anos depois da graduação", avalia. Mestre em engenharia civil, ele apostou em três anos deatuação na construtora antes de partir para o mestrado.

Três anos também foi o "período de maturação" do engenheiro mecânico da VW/Audi Rodrigo Freitas de Souza, 28. Graduou-se em 2000 e em 2003 já estava inscrito no mestrado na mesma área. Para ele, as empresas valorizam a pós: "Além do incentivo da chefia, a companhia me libera duas manhãs [por semana] para as aulas".

Mais empregos

"O crescimento geral da economia e, em particular, o do setor industrial têm promovido uma retomada na contratação de mãode-obra especializada em engenharia", avisa o coordenador da pós-graduação em engenharia eletrônica e computação do ITA (Instituto Tecnológico de Aero­náutica), Roberto Galvão.

Segundo ele, o curso "stricto" é indispensável nas atividades relacionadas a desenvolvimento de novas tecnologias ou aprimoramento de soluções existentes.

No Estado, os cerca de 140 mil engenheiros contam com pelo menos 24 programas com conceito superior ou equivalente a cinco na avaliação da Capes. As tradicionais engenharias civil e mecânica têm dividido espaço com áreas mais inovadoras.

As novas especialidades geralmente nascem do intercâmbio com outros campos do saber. Criado em 1995, o programa de engenharia biomédica da Univap (Universidade do Vale do Paraí­ba), por exemplo, coloca a engenharia a serviço da medicina.

"Elaboramos equipamentos capazes de detectar câncer em estágios iniciais, sem necessidade de biópsia. Como não é invasivo, o procedimento elimina o risco de metástase", cita o diretor de pesquisa e pós-graduação da instituição, Marcos Tadeu Pacheco.

Apesar das quase três décadas de existência, o programa de tecnologia nuclear da USP (Univer­sidade de São Paulo) também agrega agronomia, odontologia, medicina e química. "Essa interdisciplinaridade é recente e vem sendo acentuada ano a ano. E a tendência é haver uma abrangência de áreas cada vez maior", anuncia José Carlos Bressiani, presidente da comissão de pós-graduação do Ipen-USP (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, ligado à USP).

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).