moda / fashionista
Paulo Vainer
Stylist invisível
Daniel Ueda se sobressai sem eclipsar identidade das marcas com que trabalha
texto Carol Delboni
Ele é apaixonado por moda. Daniel Ueda, 30, é o stylist responsável por algumas das imagens mais legais da temporada de inverno 2005: assinou o look militarista de Maxime Perelmuter na British Colony, o grunge étnico da Coven e a melhor imagem de Gisele na edição da "Vogue" Brasil que comemora os dez anos de carreira da modelo. "Fiquei impressionado com ele", elogia o diretor de criação Giovanni Bianco.
"Nunca tive pressa de nada", explica Daniel. Como bom filho de japoneses, Daniel é meticuloso, paciente e passou os últimos oito anos construindo um estilo. "Aprendi a moldar meu trabalho com o tempo e hoje ele tem uma personalidade."
Natural de Dracena, interior de São Paulo, Daniel se mudou para a capital em meados dos anos 90, para fazer arquitetura. "No cursinho, vi uma reportagem sobre cursos superiores de moda. Decidi prestar e entrei na Anhembi Morumbi."
Observador, calmo e muito exigente, ele acredita que um bom stylist tem que acompanhar tudo: das primeiras reuniões do trabalho, passando pela escolha do casting, do make, cabelo, trilha sonora, locação... "É tudo uma única imagem", justifica.
O stylist começou a chamar a atenção da mídia com o desfile de inverno 2003 da marca mineira Coven: fresco, colorido e muito fashion -algumas de suas características, que nunca se sobrepõem ao estilo de cada grife. "Respeito muito isso; não saberia fazer de outra forma", conclui, ao som da banda inglesa Client, que adora. Daniel Ueda é moderno.
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