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19/04/2005

Novo papa herda igreja centralizada e internacional

da Folha Online

Um dos principais desafios do próximo papa será conciliar a centralização da Igreja Católica com a necessidade de manter e captar novos fiéis, segundo avaliação do professor do Instituto de Filosofia e Ciências da Unicamp Roberto Romano.

De acordo com o filósofo, o novo papa vai herdar mil anos de uma prática centralizadora do ponto de vista administrativo, diplomático, teológico e ético. E essa centralização, analisa ele, é tão enraizada que vai ser difícil qualquer tipo de movimento contrário.

"É bom lembrar sobretudo para os católicos que esperam mudanças que não se iludam muito. Mesmo que o papa eleito seja favorável à descentralização, ele enfrentará esse movimento que faz parte da estrutura interna da igreja. Essa centralização só teve uma ameaça, que foi o Concílio do Vaticano 2º [1962-65]. Mas já na época do papa Paulo 6º começou a haver a atenuação em favor da concentração do poder nas mãos da Cúria Romana", afirmou.

Para o teólogo e professor de Bioética e Direito da PUC-SP, João Batistiolle, João Paulo 2º deu uma visibilidade extraordinária à Igreja Católica. No entanto, internamente, deixou muitos setores insatisfeitos. ‘O novo papa vai herdar uma dívida com aqueles que desejam uma igreja menos institucional como um poder, segundo o modelo da cristandade, e mais evangélica, espiritual --o carisma cristão--, mais ligada às raízes da mensagem de Jesus Cristo, aberta ao sofrimento do mundo.‘

Segundo o teólogo e ouvidor da PUC, Fernando Altemeyer Júnior, a Igreja Católica foi marcada pela forte personalidade do papa João Paulo 2º. ‘Essa é uma igreja marcada pela forte personalidade do papa, mas hoje com novos desafios do século 21, que vão exigir não um novo papa mas um novo papado", disse ele, acrescentando que as decisões ficaram restritas a um pequeno grupo no Vaticano.

"O novo papa vai herdar uma igreja presente em todos os países do planeta, bem mais internacionalizada, mas, ao mesmo tempo, onde as decisões ficaram restritas a um pequeno grupo no Vaticano."

Especial
  • Veja o que já foi publicado sobre a centralização da Igreja Católica

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