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19/04/2005

Ritual até o habemus papam é longo

da Folha de S.Paulo

Estava pronto o extenso ritual de sagração do novo papa, carregado da pompa de que só são capazes instituições milenares como a igreja. Foi assim, em resumo:

Jantar dominical - Pela primeira vez, todos os 115 cardeais jantaram no mesmo local, a Casa de Santa Marta, espécie de hotel, em que chegaram pela tarde.

Missa das 10h de segunda - Na segunda-feira, às 10h (5h em Brasília), foi celebrada na basílica de São Pedro a missa "pro eligendo Papa" pelo então cardeal Joseph Ratzinger.

Almoço e descanso - Após a missa, os cardeais almoçaram e descansaram. Tudo na Santa Marta foi transformado em "ambiente de conclave": valeram as mesmas regras de sigilo estabelecidas para a capela Sistina, o local da eleição.

Procissão - Às 16h30 (11h30 em Brasília), começava a procissão rumo à capela, ao canto "Veni Creator Spiritus", um hino sacro dos tempos de Carlos Magno. Dizia: "Ilumina nossos sentidos/ infunda fervor nos nossos corações/ revigore a alma/ nos nossos corpos débeis". Juramento - Na capela, houve uma convocação, ainda por Ratzinger, para que cada cardeal jurasse obedecer as normas estabelecidas para a sucessão papal. Cada cardeal, mão sobre o Evangelho, disse: "Eu, prometo, comprometo-me e juro. Assim me ajudem Deus e este santo Evangelho."

Última reflexão - Terminado o juramento, o mestre-de-cerimônias vaticanas, monsenhor Piero Marini, disse, sempre em latim, "extras omnes" (todos fora!), e os cardeais foram trancados na capela. Mas nem todos saíram. Ficaram ainda o próprio Marini e o cardeal já aposentado Tomas Spidik, de 85 anos, para uma última reflexão.

Primeira decisão - Terminada a reflexão, aí sim o "extra omnes" valeu para todos menos os 115 eleitores. Primeira decisão a tomar: se faziam ou não uma primeira votação já na segunda-feira. Decidiram votar.

A votação - Os cardeiais preencheram o espaço em branco na cédula e a levaram até a urna (no caso, um cálice), jurando: "Chamo a testemunhar o Senhor Cristo, que me julgará, que o meu voto é dado àquele que, segundo Deus, considero deva ser eleito".

Feita a apuração, ninguém obteve 77 votos, o dia eleitoral terminou, as cédulas e anotações dos cardeais foram queimadas e, da chaminé instalada no teto da capela, saiu uma fumaça negra.

Terça-feira - No segundo dia do conclave, os cardeais fizeram pela manhã mais duas votações, mas não chegaram a um nome. A capela Sistina exalou de novo a fumaça preta.

Votação da tarde - À tarde, os cardeais saíram para almoçar e retornaram para mais duas votações. Na primeira delas, Joseph Ratzinger obteve pelo menos dois terços dos votos.

Aceitação - Foi questionado pelo vice-decano Angelo Sodano se aceitava ser o papa: "Acceptasne eletionem de te canofice factam in Summum Pontificem?" Com a resposta positiva, os votos foram queimados e a fumaça branca anunciou para Roma e para o mundo "habemus papam!".

Novo nome - Após aceitar a missão, Sodano perguntou a Ratzinger qual o nome que desejava adotar. "Bento 16", disse Ratzinger.

Fumaça brancaA chaminé emitiu então a fumaça branca, e o Campanone, o Campanoncino, o Rota, o Predica, o Ave Maria e o Campanela, os seis sinos gigantes da basílica de São Pedro, tocaram em festa para anunciar, pela primeira vez na história, junto com a fumaça, "Habemus Papam", a fórmula ritual.

A bênção - Meia hora depois, o "Habemus Papam, Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum" se repetiu, agora na voz do protodiácono da basílica de São Pedro, que apresentou na sacada o novo chefe da Igreja Católica Apostólica Romana. O papa deu então a benção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo) e começou enfim o seu pontificado. Especial
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