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02/04/2005

Cidade-Estado em 0,44 km2, Vaticano conserva tradição e poder da Igreja

FABIANA FUTEMA
da Folha Online

O Vaticano é o menor Estado independente do mundo, com 0,44 quilômetro quadrado --menos de meio quilômetro quadrado. Sua autonomia foi reconhecida em 1929. A cidade está encravada em Roma, capital da Itália. Governado pelo papa, o Vaticano é a sede da Igreja Católica Apostólica Romana.

O complexo de edifícios conhecido como Palácio do Vaticano contém mais de mil quartos, incluindo a residência do papa, a sede de governo da Igreja Católica, inúmeras capelas, museus, bibliotecas e a Capela Sistina.

AP
Soldado da Guarda Suiça, na praça de São Pedro
Soldado da Guarda Suiça, na praça de São Pedro
A segurança do papa é feita pelos soldados da Guarda Suíça, criada no século 15.

O pequeno Estado tem 20 pátios, 1.400 moradias e menos de mil habitantes de diferentes nacionalidades --ninguém nasceu no Vaticano, apenas moram no local-- entre membros da Igreja e da Guarda Suíça.

O país tem seu próprio jornal, banco, moeda, selos, ferrovia, estação de rádio e televisão. É o que restou dos Estados Pontifícios, suprimidos com a unificação italiana no século 19.

Na diplomacia internacional, o Vaticano também é conhecido como a Santa Sé. Tornou-se um Estado soberano em fevereiro de 1929.

A língua oficial do Vaticano é o latim, mas lá também se fala muito o italiano.

Arquitetura

AP
Basílica de São Pedro, o maior templo cristão do mundo
Basílica de São Pedro, o maior templo cristão do mundo
A cidade é cercada pelos muros de Leão 4º e por uma série de edifícios. A entrada principal conduz à praça de São Pedro, rodeada por uma colunata elíptica, em frente à Basílica de São Pedro, o maior templo cristão do mundo.

A basílica foi construída entre os séculos 15 e 17 por vários arquitetos, como Donato Bramante, Michelangelo e Gian Lorenzo Bernini. No seu interior estão sepultados todos os papas.

Na basílica pode-se encontrar, entre outros verdadeiros tesouros da humanidade, a Pietá de Michelangelo, uma das estátuas mais famosas do mundo.

A Capela Sistina, iniciada em 1473, tem um teto abobadado com 20 metros de altura. As paredes laterais estão decoradas com obras de Perugino e Botticelli. Na abóbada os afrescos de Michelangelo, criados entre 1508 e 1512, representam mais de 300 figuras humanas, numa narração épica da criação do mundo, a expulsão de Adão e Eva do Paraíso e a história de Noé.

Por cima do altar encontra-se o Julgamento Final, também criado por Michelangelo, em 1544.

Reuters
Interior da Capela Sistina, pintada por Michelangelo
Interior da Capela Sistina, pintada por Michelangelo
O Palácio do Vaticano é a tradicional residência papal desde 1377. De lá pode-se contemplar a Capela Sistina. Seu teto é todo pintado com afrescos de Michelangelo.

O Museu do Vaticano, formado por vários museus, teve seu início com Clemente 14 e Pio 4. Formado por várias galerias e museus pontifícios, o Museu do Vaticano é um dos primeiros museus europeus. Em seu riquíssimo acervo encontram-se peças arqueológicas, estátuas, mosaicos, esculturas, sarcófagos, inscrições cristãs antigas, tapeçarias, pinturas, entre outros objetos históricos.

Economia

A economia do Vaticano é baseada na captação de donativos das igrejas localizadas nos demais cantos do mundo. O Vaticano alega que essa arrecadação serve para arcar com os custos de evangelização e de programas sociais desenvolvidos.

Outra forma de captação de recursos é o turismo dentro do complexo de museus e patrimônios da humanidade.

História

As terras ocupadas hoje pelo Vaticano foram doadas para a Igreja Católica em 756, por Pepino, o Breve, rei dos francos.

A independência do Vaticano só foi reconhecida em fevereiro de 1929, por meio do Tratado de Latrão, assinado pelo ditador fascista Benito Mussolini e o papa Pio 11.

Nesse tratado, a Itália reconheceu a soberania da Santa Sé sobre o Vaticano, declarado Estado soberano, neutro e inviolável. Por outro lado, a Igreja Católica renunciava aos territórios que havia possuído na Idade Média e reconhecia Roma como capital da Itália.

O acordo também garantiu ao Vaticano o recebimento de uma indenização financeira pelas perdas territoriais da unificação. Na época, a Itália considerou o catolicismo como religião oficial do país.

O tratado foi incorporado à Constituição italiana em 1947 com a condição de que o papa deveria jurar neutralidade eterna em termos políticos. O papa poderia atuar como mediador em assuntos internacionais, mas só quando fosse solicitado.

Em 1978, os termos desse acordo concordatário foram reformulados e o catolicismo deixou de ser religião oficial da Itália. Nesse no mesmo ano, as relações do Vaticano com a Itália se deterioram com a aprovação do divórcio naquele país.

Esse tratado foi necessário, pois durante o processo de unificação da península, a Itália gradativamente absorveu os chamados Estados Pontifícios.

Em 1870, por exemplo, as tropas do rei Vittorio Emmanuel entraram em Roma e incorporaram o Vaticano ao novo Estado. Na época, o papado se recusou a reconhecer a nova situação e considerou-se "prisioneiro" do poder laico --não-religioso.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Vaticano

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