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João Paulo 2º
02/04/2005

Papa pede perdão pela Inquisição, mas nega revisionismo na Igreja

da Folha Online

O pedido de perdão pela Inquisição, feito pelo papa João Paulo 2º no ano passado, não deve ser entendido como um revisionismo, segundo o vaticanista e autor da biografia "A Utopia de João 23" (1973) e de "O Sucessor" (1996), na qual já discutia a sucessão do atual pontífice, Giancarlo Zizola, 68.

Folha Imagem
Index, lista de livros proibidos pela Inquisição
Index, lista de livros proibidos pela Inquisição
"Ele procurou, a meu ver, evocar de modo penitente a memória de erros do passado. Não se trata de uma memória revisionista da história eclesiástica" disse Zizola.

Em entrevista à Folha, concedida no ano passado, Zizola disse que, para João Paulo 2º, a Inquisição foi, além de uma "nódoa na história", uma "atitude cultural de autoritarismo".

Para ele, o papa reconheceu que a igreja partia do princípio de que detinha a verdade e, por isso, obrigava pela força que todos os demais estivessem de acordo com suas idéias.

Tal estado de espírito, segundo o vaticanista, é o mesmo que inspirou as guerras religiosas e o terrorismo contra os dissidentes.

Reprodução
Ilustração mostra mulher sendo torturada em torno pela Inquisição espanhola
Ilustração mostra mulher sendo torturada em torno pela Inquisição espanhola
Para ele, a visão de que existe uma igreja progressista e outra conservadora prejudica o entendimento sobre o conteúdo histórico e espiritual dos pontificados. "João Paulo 2º procurou preservar as tradições do catolicismo e da vida espiritual familiar. Mas, por outro lado, ele também dá à religião uma interpretação inovadora, como a relação da igreja com sua memória."

O último país do mundo a abolir a Inquisição foi a Polônia, país de origem de João Paulo 2º. O tema, no entanto, já contava com opositores bem antes do papa polonês. O primeiro a se posicionar contra a Inquisição foi Leão 13, no século 19. Zizola disse que o fato de ser polonês talvez pudesse tornar o assunto um ponto sensível para João Paulo, mas a mentalidade por trás da Inquisição é algo que encontra muitos críticos na Igreja Católica.

Especial
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