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Folhainvest Previdência
28/11/2005

Poupança precoce: Jovens antecipam planos para aposentadoria

Idade média de ingresso em fundos de previdência deve cair de 35 para 30 anos, prevê associação do setor

EDUARDO CAMARGO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Frase

A principal regra do processo de acumulação para garantir uma renda futura maior [na aposentadoria] é: comece o mais cedo possível e poupe o máximo que você puder

LUCIANO SNEL
diretor da Icatu-Hartford
A média de idade das pessoas que optam por um fundo de previdência complementar vem caindo nos últimos anos.

De acordo com dados da Anapp (Associação Nacional da Previdência Privada), a idade dos participantes desses planos é, em média, de 35 anos, com tendência de queda para a faixa dos 30 nos próximos anos.

Esse indicador é positivo, pois revela que está aumentando a compreensão dos participantes sobre a importância de fazer uma poupança de longo prazo. A decisão de entrar mais cedo em um fundo de previdência, mesmo que com uma contribuição mensal pequena, pode representar uma grande diferença no valor futuro da aposentadoria. A cada cinco anos de atraso para iniciar uma poupança para a aposentadoria, o valor do benefício mensal encolhe cerca de 40% (veja no quadro).

De acordo com simulações do mercado, quem começa um plano de previdência aos 25 anos terá uma renda complementar na aposentadoria entre 60% e 80% superior à de quem começa com 30 anos, considerando o mesmo valor de contribuição mensal.

Esse percentual também vale para quem adia o início da contribuição dos 30 para os 35 anos. Uma pessoa que contribua com R$ 150 a partir dos 25 anos, por exemplo, pode se aposentar aos 60 com uma renda complementar em torno de R$ 2.700.

Para se obter a mesma renda com uma poupança a partir dos 30 anos, seria necessário poupar mensalmente mais de R$ 250. Com os mesmos R$ 150, a renda complementar seria de cerca de R$ 1.500.

Mais transparentes

Outro incentivo para quem está entrando agora no mercado de trabalho é a flexibilidade proporcionada pelos planos PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre). Esses dois planos representam hoje 80% das contribuições para a previdência e podem ser utilizados de forma complementar.

São os mais recomendados pelos analistas, por serem mais "modernos" e transparentes que o Fapi (Fundo de Aposentadoria Programada Individual) ou os seguros de vida resgatáveis.

Para quem está no começo da carreira e ainda utiliza o modelo simplificado de declaração do Imposto de Renda Pessoa Física, o VGBL é o mais indicado, segundo analistas.

Porém, assim que a pessoa alcança um salário mais alto, com outras fontes de desconto, e passa a utilizar o formulário completo do IR, ela pode direcionar as contribuições para um PGBL, que conta com o benefício fiscal de poder abater da renda bruta até 12% do que for investido no fundo, o que garante uma restituição maior do Imposto de Renda.

"O VGBL é exatamente para quem ainda não tem a possibilidade de usar a dedução fiscal que o PGBL oferece. No momento em que essa pessoa atingir um determinado nível de renda, em três ou quatro anos, ela poderá utilizar o PGBL", afirma o diretor da Real Tokio Marine Vida e Previdência, Edson Franco.

Ele observa que, para abrir um plano de previdência complementar, ninguém precisa esperar até que o salário atinja um determinado nível .

"Um engenheiro recém-formado pode até ganhar um salário inferior ao teto da previdência pública nos três primeiros anos de profissão, mas já tem uma perspectiva de carreira que vai gerar uma necessidade de complementação", observa Franco.

Para calcular com mais exatidão essa necessidade de complementação, é preciso considerar uma aposentadoria que varia de 60% a 80% do salário da ativa, segundo dados da Anapp.

O diretor da Icatu-Hartford, Luciano Snel, diz que outro ponto importante a ser levado em conta é a diversificação do investimento. Segundo ele, uma opção para quem está começando pode ser a escolha de um plano de previdência menos conservador, cuja carteira contenha até 49% de títulos de renda variável.

"Quem possui um horizonte mais longo tem mais possibilidade de suportar flutuações de curto prazo", diz. Snel entende que as pessoas mais jovens deveriam possuir uma tolerância maior para suportar riscos, de modo a poder destinar uma parcela maior de seus recursos para renda variável. "O problema é que muitos não conseguem conviver com a perspectiva de rentabilidade negativa, mesmo que durante um período curto", diz.

Fique de olho

Apesar de a maioria das pessoas não acompanhar constantemente seus investimentos, principalmente os de longo prazo, o diretor da Icatu-Hartford recomenda que seja feita uma reavaliação das aplicações pelo menos uma vez ao ano. Caso os resultados não sejam satisfatórios, é possível, por exemplo, utilizar a portabilidade e transferir os recursos para uma outra instituição.

Mesmo diante das dificuldades em fazer aplicações mensais, ou anuais, o executivo lembra que o valor da aposentadoria dependerá principalmente do valor dos depósitos, da rentabilidade e do tempo de acumulação. "A principal regra é: comece o mais cedo possível e poupe o máximo que você puder", afirma.


     

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