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28/11/2005

Planejamento: PIBB e Tesouro Direto ajudam diversificação

Para quem vai investir no longo prazo, analistas sugerem mesclar renda fixa e variável na carteira de investimentos

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

Frase

"Se considerarmos a volatilidade do câmbio e dos juros no Brasil, o investimento imobiliário oferece mais segurança. Mas é preciso considerar o risco de desvalorização do imóvel"

BERND RIEGER
sócio da Rieger Auditoria de Investimentos
Quem tem um horizonte de 25 anos para começar a usufruir do capital acumulado tem de diversificar a carteira de investimentos. A regra, considerada elementar pelos consultores, esbarra sempre no tamanho da renda das famílias de classe média e na sua (in)capacidade de poupança. Como diversificar tendo poucos recursos para aplicar?

O consultor financeiro Mauro Halfeld sugere aplicar em uma carteira dividida entre títulos públicos, adquiridos no Tesouro Direto, e cotas do PIBB (Papéis Índice Brasil Bovespa), o fundo de ações do BNDES.

A carteira desse fundo acompanha o IBrX 50, índice que reúne as 50 ações mais líquidas da Bovespa, como Petrobras e Vale do Rio Doce.

"Para facilitar, o investidor pode começar aplicando R$ 1.000 mensais, por exemplo, em um fundo DI e, ao final do ano, sacar R$ 12 mil e aplicar metade do valor no Tesouro Direto e metade no PIBB", orienta ele.

Segundo seus cálculos, aplicações no Tesouro Direto podem ter uma rentabilidade média de 7% ao ano, acima da inflação, nos próximos 25 anos. Já as cotas do PIBB podem render em média 10% ao ano acima da inflação nesse período (veja no quadro).

Vantagem

A vantagem do PIBB, segundo Halfeld, é a diversificação e o fato de que você vai virar sócio da economia brasileira. Para os que ficaram fora da segunda oferta pública, encerrada dia 19 de outubro, ainda é possível adquirir cotas no mercado da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo).

Essas cotas, entretanto, não contemplam o direito de recompra pelo BNDES, um dos principais atrativos da segunda emissão de PIBB.

A recompra de cotas pelo banco, até R$ 50 mil, no prazo de um ano após o fim da oferta pagando o valor nominal, funciona como uma proteção, caso a Bolsa acumule perdas no período.

Sem esse "seguro", o investidor deve estar ciente de que a aplicação no PIBB está sujeita a volatilidades de curto prazo inerentes ao mercado de ações, alerta Halfeld.

Para amortecer essas oscilações ele sugere aplicação em renda fixa, no caso o Tesouro Direto, apesar de considerar que a taxa real de juros tende a cair. "É uma aplicação segura, embora no longo prazo tenda a não repetir os ganhos do passado."

Ele lembra que "a renda fixa tem rendido muito nos últimos 12 anos porque os governos têm mantido a taxa real de juros altíssima", observa.

Disciplina

Seja qual for a estratégia de investimento, os consultores são unânimes: sem o mínimo de disciplina, ninguém consegue fazer uma poupança de longo prazo. "Antes de escolher um ativo para investir, temos de separar o "animal disciplinado" do "animal indisciplinado'", diz o consultor financeiro Victor Zaremba.

Para os indisciplinados ele recomenda buscar um plano de previdência privada. "Essa aplicação ajuda a disciplinar o investidor e lhe dá algum conhecimento sobre finanças. Ele vai assumir o compromisso de fazer depósitos mensais e terá de conhecer os produtos existentes para ver qual o que melhor se adapta ao seu perfil", afirma Zaremba.

Já o investidor disciplinado -aquele que tem interesse em entender os produtos financeiros e acompanhar suas aplicações- pode começar devagar e administrar sozinho suas aplicações. "Primeiro pode começar a colocar algum dinheiro em um fundo de renda fixa, para aproveitar o ainda alto patamar dos juros", diz.

Zaremba lembra que os fundos que aceitam valores menores cobram taxas de administração mais altas. "Pesquise as taxas", recomenda. "E assim que conseguir acumular R$ 10 mil ou R$ 20 mil, migre para outro fundo que tenha taxas de administração mais baixas", acrescenta. Nesse compasso e com muita disciplina, em cinco ou seis anos será possível juntar R$ 100 mil. "Aí já dá para começar a diversificar."

Para quem já está nessa fase, Zaremba recomenda distribuir os recursos em um fundo multiportfólio -que aplica em renda fixa e renda variável-, em um fundo "long-short" e em um fundo de ações. Fundos "long-short" (expressões para "comprar" e "vender" em inglês) são fundos que fazem arbitragem com ações comprando e vendendo papéis nos mercados de opções e à vista.

Outra opção, segundo ele, são os fundos de fundos cuja carteira é composta por fundos de gestores de primeira linha, aos quais só os grandes investidores têm acesso. Por meio dos fundos de fundos também o investidor de menor porte pode desfrutar da rentabilidade obtida por esses gestores especializados.


     

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