Folha Online 
Dinheiro

Em cima da hora

Brasil

Mundo

Dinheiro

Cotidiano

Esporte

Ilustrada

Informática

Ciência

Educação

Galeria

Manchetes

Especiais

Erramos

BUSCA


CANAIS

Ambiente

Bate-papo

Blogs

Equilíbrio

Folhainvest em Ação

FolhaNews

Fovest

Horóscopo

Novelas

Pensata

Turismo

SERVIÇOS

Arquivos Folha

Assine Folha

Classificados

Fale com a gente

FolhaShop

Loterias

Sobre o site

Tempo

JORNAIS E REVISTAS

Folha de S.Paulo

Revista da Folha

Guia da Folha

Agora SP

Alô Negócios

Folhainvest Ranking de fundos
18/05/2005

RANKING DE FUNDOS: Investidores lucraram com política do BC

Fundos DI e de renda fixa, recordistas do 1º trimestre graças aos juros altos, continuam atraentes

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

Os próximos meses serão de juros altos, real ainda valorizado e economia crescendo mais devagar, mas ainda assim garantindo bons resultados para as empresas cotadas em Bolsa -o que poderá valorizar suas ações, mas só no segundo semestre.

Esse cenário, traçado pelo estrategista-chefe do BankBoston, Odair Abate, é mais ou menos consenso entre os analistas financeiros. Ou seja, este trimestre não será muito melhor que o anterior.

Até março, quem apostou na alta dos juros e aplicou em fundos DI e de renda fixa ganhou. É o que mostra o Ranking Labfin (Laboratório de Finanças da Fundação Instituto de Administração da USP), preparado para a Folha, que traz nesta edição os fundos mais rentáveis do primeiro trimestre. Esse investidor continuará ganhando nos próximos meses, segundo os analistas.

O período janeiro/março sinalizou a virada do mercado financeiro diante da desaceleração da economia local e mundial e foi marcado pela incerteza quanto aos limites desse processo. "Há dúvidas sobre o ritmo de alta dos juros americanos, sobre a desaceleração da China e a evolução dos preços do petróleo", diz Abate.

Nas últimas semanas, as incertezas com relação à economia americana se reduziram. "Os últimos indicadores mostram que a desaceleração da economia americana não é tão forte, mas ainda há dúvidas se está ocorrendo só um ajuste do ciclo de crescimento ou uma inversão. Essa indefinição deve prosseguir neste trimestre", diz Walter Mendes, superintendente de renda variável do Itaú.

Os analistas também têm dúvidas sobre o processo de alta dos juros internos. "A última ata do Copom indica uma posição neutra, às vezes induz a achar que acabou, noutras dá a entender que continuará", diz Carlos Henrique Mussolini, diretor do Itaú.

Mas os últimos índices de preços ao consumidor, divulgados na semana passada, mostraram aceleração da inflação e fizeram crescer a expectativa de uma nova alta dos juros. Para os analistas da Sul América Investimentos vem aí mais 0,5 ponto percentual na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central), nesta semana. "O ciclo de alta dos juros ainda não acabou", diz Paulo de Sá Pereira, estrategista-chefe da empresa.

O cenário interno ficou mais nebuloso a partir da quinta-feira, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou a abertura de inquérito contra o presidente do BC, Henrique Meirelles, e a quebra de seu sigilo fiscal.

Mas, segundo analistas, assim como no primeiro trimestre, nos próximos meses será o cenário externo que dará o tom ao mercado. "Os casos [Henrique] Meirelles e [Romero] Jucá devem pesar 5% na volatilidade do mercado, enquanto o ritmo da economia americana determinará os 95% restantes", diz Mendes.

A incerteza quanto ao cenário externo é aumentada, neste momento, pela presença dos "hedge funds" no mercado mundial. Esses fundos internacionais, que movimentam bilhões de dólares, estão muito ativos em petróleo, commodities e mercados emergentes como o Brasil.

Na semana passada, rumores de que alguns desses fundos estariam tendo perdas pesadas por conta de operações com títulos de dívida corporativa e ações da Ford e da GM sacudiram os mercados. "Em fevereiro, o Brasil recebeu um fluxo grande de recursos dos "hedge funds" e agora eles estão saindo de forma desordenada", diz Mendes. Com a debandada desses investidores, a Bovespa caiu 15,1% desde fevereiro.

Ranking

O efeito da queda da Bolsa nos fundos de ações foi fulminante. Esses fundos ficaram na "lanterninha" do ranking preparado pelo Labfin, com ganho de 0,34% no trimestre. Pior que eles, só os cambiais, com ganho de 0,15%.

No topo do ranking, ficaram os fundos DI, com rentabilidade de 3,74% no trimestre. Esses fundos aplicam em títulos públicos que pagam juros pós-fixados. Quando a taxa básica sobe, seus investidores ganham mais.

Em segundo lugar no ranking estão os fundos de renda fixa, que aplicam em títulos públicos e privados que têm taxas de juros prefixadas. Eles acumularam ganho de 3,68% no trimestre.

Já os fundos livres - onde estão enquadrados os multimercados e os balanceados- acumularam rentabilidade de 3,54% no período. "O primeiro trimestre pegou a Bolsa ruim e o segundo não será melhor", diz Luis Stuhlberger, diretor da Hedging-Griffo, especializada em fundos de ações e multimercados. A queda da Bolsa afetou os fundos multimercados que têm parte da carteira em ações.


     

Assine a Folha

Classificados Folha

CURSOS ON-LINE

Aprenda Inglês

Aprenda Alemão


Copyright Folha de S. Paulo. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress (pesquisa@folhapress.com.br).